A história que se repete desde a duplicação da Euclides da Cunha: mais um acidente com tombamento de carreta ao deixar a alça de acesso do Trevo de Água Vermelha para ingressar na Rodovia Euclides da Cunha no sentido Rio Preto.
De novo, no final da manha deste domingo, 28, uma carreta carregada com MDF que vinha pela Rodovia Percy Waldir Semeghini entrou na alça de acesso em caracol do Trevo de Água Vermelha para acessar a Euclides da Cunha sentido Rio Preto. Como outras, a carreta tombou logo que deixou a alça e foi parar na mureta que separa as duas pistas.
O motorista foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e SAMU. A pista foi interditada parcialmente pela Polícia Rodoviária e o transito foi desviado pelo trevo. Viatura da Semutran deu apoio na ocorrência.
É o terceiro tombamento de carreta em menos de uma semana no trecho da Euclides da Cunha em Fernandópolis. Na quarta-feira, uma carreta que transportava vinhaça e um caminhão frigorifico tombaram no canteiro central da Euclides da Cunha próximo ao trevo da Expedicionários. (Por Samuel Leite)
SEQUÊNCIA DE CASOS NO TREVÃO
Construído na década de 70 quando da abertura da rodovia por conta da construção da Usina de Água Vermelha, o Trevo no entroncamento das rodovias Euclides da Cunha e Percy Waldir Semeghini virou uma armadilha para os caminhoneiros e carreteiros. Esse foi o trecho inicial da reportagem do CIDADÃOnet publicada em outubro de 2023, logo após uma carreta com milho tombar no mesmo lugar.
Na duplicação da Euclides da Cunha, o trevo foi mantido com sua estrutura original, apenas com obras de adequação para alargamento da pista da Euclides da Cunha que, no trecho, não tem canteiro central. A pista é separada por mureta.
Levantamento do CIDADÃOnet mostrou que já foram muitos os acidentes similares que ocorreram no trevo. O pior deles ocorreu em 2013, quando uma carreta carregada com 41 mil litros de etanol tombou embaixo do viaduto, após fazer o mesmo trajeto na alça. Uma operação complicada e que durou cerca de três dias foi montada para retirada da carreta do local.
Outra carreta bitrem com tanques de combustível tombou no mesmo local em 2018. Antes, em 2014, foi um bitrem que levava cana para usina. Em 2019, uma carreta carregada de sucatas. Em 2022, outra carreta canavieira tombou no mesmo local. A história se repetiu em 2023 e agora em 2024.
Questionado sobre a frequência desse tipo de acidente no trevo, o DER – Departamento de Estradas de Rodagem – emitiu nota em outubro do ano passado onde afirmava que “o trevo localizado no acesso da Rodovia Percy Waldir Semeghini (SP-543) com Rodovia Euclides da Cunha (SP-320) possui velocidade limitada de 30 km/h e está sinalizado. O Departamento orienta os condutores de veículos a respeitarem os limites de velocidade indicados para local. Em paralelo, o DER realiza estudos para a adequação das alças de acesso para reforçar a segurança”.
