BASTIDORES

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SE FOSSE...

um país, o estado de São Paulo seria a 21ª economia do mundo. É a locomotiva do país. Mas, há um problema histórico: a ainda capenga interiorização do desenvolvimento. Desde Covas (governador) se debate o tema e não saímos do lugar. Ainda hoje 81% da riqueza produzida em SP está concentrada região Metropolitana de São Paulo, Campinas, São José dos Campos e Sorocaba. 

O RESTANTE...

do estado, incluindo nossa região, não atrai investidores. Fernandópolis, por exemplo, tem um Distrito Empresarial com toda a infraestrutura no meio do mato por falta de empresas interessadas. Sem falar do fracasso retumbante que foi o projeto da ZPE de triste memória. Nem a ponte rodoferroviária, nem a duplicação da Euclides da Cunha conseguiram colocar a região noroeste no eixo do desenvolvimento.

CONTINUAMOS...

patinando na rabeira do Estado com desenvolvimento pífio. E não tem milagre no horizonte. O pouco de investimento que chega à região noroeste para em Rio Preto. O LIDE Noroeste, formado por líderes empresariais da região, já ensaiou diferentes iniciativas no campo. Em uma delas chegou a lançar o projeto “Pra Frente Noroeste” e chamou os prefeitos para a mesa de discussão.

ELENCARAM...

na época dez pontos como prioridades para o avanço econômico da região: porto seco; incentivo ao empreendedorismo; aeroporto internacional e de cargas; déficit no setor de oncologia; município Verde Azul; turismo integrado; smart cities (cidades inteligentes); impacto das reformas nos municípios; educação conectada e desfavelamento. Ficou nisso...

AGORA...

é o governo do estado que está preocupado com o desequilíbrio no desenvolvimento. Por isso, o governador Tarcísio de Freitas escalou seu secretário de Desenvolvimento Econômico Jorge Lima para ir a campo e conhecer a realidade de cada município. Completou aqui em Fernandópolis na quarta-feira 216 cidades visitadas. Se reuniu com empresários e prefeitos. Ressabiados, poucos animaram a ouvir o secretário.

QUAL...

é a vocação da região? Esse é o desafio, respondeu o secretário ao lembrar que o Estado tem 645 municípios, 503 deles com menos de 50 mil habitantes onde moram 8,5 milhões de pessoas. O restante, 37 milhões moram em 142 cidades. Embora viesse atrás de respostas, citou o potencial do agronegócio e do turismo e lembrou que 80% da arrecadação vem da agroindústria, mas 75% da empregabilidade vem do comércio e serviços.

ANDAR...

juntos, incentivar o empreendedorismo e achar a vocação foi a receita prescrita pelo secretário.  O título do projeto é até pomposo: “Coalizão Empresarial”. Cada região administrativa terá o seu grupo de empresários para aproximar o setor privado do governo do Estado. O grande desafio desse projeto, na visão de Lima, é reunir empresários que representem toda a região para delinear as metas de curto, médio e longo prazos. 

A IDEIA...

do governo é ter a iniciativa privada como protagonista. "O dinheiro – diz o secretário - está nas empresas e para destravar os investimentos temos que entender no que os empresários acreditam, no que eles apostam, onde colocariam dinheiro, quais são as suas dificuldades e o que o Governo do Estado precisa fazer para eles investirem mais, empregarem mais”. Eis a questão: após colecionar tantos fracassos, o empresário anda descrente de discursos políticos.

Equipe A.C.G