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12 de outubro: dia de festejar e agradecer



12 de outubro: dia de festejar e agradecer
Todo 12 de outubro é dia de festa na casa da aposentada Maria Aparecida Dornelis Pivaro, pois essa data – além de ser o dia de Nossa Senhora da Aparecida, a padroeira do Brasil – é também a ocasião em que ela organiza uma grande festa para seu neto e amigos de escola.

Vai chegando o mês de outubro e todos já sabem: tem comida da boa, bolo, guaraná, doces e bexigas na casa da avó Cida. A comemoração é em virtude de uma graça especial que a aposentada alcançou, há alguns anos atrás, por intermédio de Nossa Senhora da Aparecida.

Na realidade, Maria Aparecida já recebeu três grandes bênçãos da Santa. A última foi a cura de um grave problema na perna do neto, que na época tinha nove anos de idade. “Quando meu filho disse que meu neto teria que fazer uma operação de risco, eu disse: ‘pela fé que tenho em Nossa Senhora da Aparecida, ele não vai se operar’. Quando chegou o dia da cirurgia, os médicos ficaram atônitos com a cura do garoto. Isso já faz três anos, hoje ele é um menino sadio, bonito que dá gosto de ver”, disse Cida.

Desde que o garoto ficou curado, a avó vem cumprindo a promessa de realizar um almoço para os seus amigos de escola, até que ele complete 18 anos de idade. Outro milagre destacado pela devota foi a cura do marido – que, após passar por uma cirurgia no joelho, teve trombose. “Ele teve o joelho operado, mas tempos depois a perna começou a ficar roxa e feia. Fomos ao médico e ele nos alertou de que era trombose. Novamente me apeguei à minha santa e a perna de meu marido foi curada em três dias. Hoje não tem nem sinal de nada”, revelou Maria.

De acordo com a aposentada, a fé na padroeira é uma tradição familiar, que vem sendo repassada de geração a geração. Mas a primeira experiência particular que Cida teve aconteceu na época em que morava em um sítio em Monte Aprazível. Sua filha - que na época tinha três anos – foi acometida de uma febre alta que não cessava. Sem recursos e condições de levá-la à farmácia ou médico - por estar a quilômetros da cidade - ela fez a primeira oração fervorosa a Nossa Senhora, que prontamente a atendeu. Na mesma hora a febre passou. A partir desse dia, Maria se apegou à santa e, sempre que passa por dificuldades, é a ela que recorre.

A aposentada admite que “nem toda graça conseguimos alcançar, às vezes passamos por situações que desconhecemos, mas que fazem parte da vontade suprema, como foi o caso da morte de minha filhinha de 11 anos”.

A morte da filha caçula de dona Cida – decorrente de câncer na medula óssea - é a única razão que a faz crer que existem situações na vida que são irreversíveis. “Eu perdi minha filha há 38 anos com um câncer na medula. Naquela época não existiam os recursos que temos hoje em dia. Em dois meses eu a perdi, mas a dor passou e eu sei que ela está no céu, junto com Nossa Senhora, intercedendo por nós. Isso nos conforta e alegra nossos corações”, desabafa Maria Aparecida.

A alegria de Maria é ver seus dois filhos e netos dando continuidade à tradição religiosa da família. “Meus filhos são dirigentes do grupo de casais da igreja e meus netos também adoram se envolver com as coisas da igreja. Saber que todos eles estão bem encaminhados e envolvidos nos trabalhos de catequese é a minha alegria. Essa tradição familiar é como uma raiz profunda, nunca desaparecerá”, concluiu a devota.