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2 mil famílias vivem com menos de um salário em Fernandópolis



2 mil famílias vivem com menos de um salário em Fernandópolis
Dados cedidos pela Diretoria do Bem Estar Social mostram que 2.716 pessoas vivem com cerca de R$120 por mês em Fernandópolis. Esse valor se deve ao número de inscritos no projeto Bolsa Família. No entanto, isso não significa que essa seja a única renda dessas pessoas.

De acordo com Malu Mandarino, diretora do Bem Estar Social, muitas dessas famílias completam a renda ao fazer “bicos”. Cada membro vive em média com R$ 76 mais a ajuda de custo do programa Bolsa Família, que varia de R$ 18 a R$ 112, dependendo do número de pessoas e da renda. Não são todos os membros da casa que recebem essa renda do governo.

Para evitar fraudes no projeto, existe uma fiscalização. Quando algum membro cadastrado desrespeita alguma das exigências do projeto, como faltar às aulas ou tiver renda maior que a exigida, ele pára de receber o dinheiro. Essa fiscalização é feita por três funcionários que cuidam de todos os cadastros através do sistema de computadores.

De acordo com a diretora, existem cadastradas hoje 4.564 famílias no programa, mas nem todas recebem o valor. “O número de cadastrados não corresponde ao número de pessoas que recebem o benefício, porque muitos começam a trabalhar e o perdem”, ressalta.

Muitas famílias que vivem em estado de pobreza não conseguem atender suas necessidades básicas sem a ajuda dos programas sociais, mas essa ajuda não pretende ser permanente. A diretora explica que é um incentivo para que, ao cumprir as condições estabelecidas pelo programa, como manter os filhos na escola e cumprir os cuidados básicos de saúde, as famílias se preparem para manter-se por si sós.

Para ajudar a viabilização dessa independência, o Bem Estar Social oferece cursos de capacitação como cabeleireiro, corte e costura, culinária, pintor, marceneiro, entre outros, a fim de que essas pessoas tenham meios de gerar uma renda digna e deixe de depender dessa ajuda por um período longo de tempo.
Segundo informações do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento - programas sociais brasileiros, como o Bolsa Família, são ferramentas muito mais eficazes na luta contra a pobreza e pela redução da desigualdade de renda do que o aumento do salário mínimo.