Saúde

5 de abril pode ser o “Dia D” para a Santa Casa



5 de abril pode ser o “Dia D” para a Santa Casa

A próxima quarta-feira, 5 de abril, pode ser o “Dia D” para a Santa Casa de Fernandópolis. Em assembleia marcada para às 18h30, no auditório da Unimed, a irmandade Santa Casa de Misericórdia vai decidir o futuro de um dos mais importantes hospitais da região. Entre as discussões propostas está a alteração do Estatuto.

O provedor da Santa Casa de Fernandópolis Edilberto Sartin não se manifesta sobre o assunto. O silêncio impera entre os diretores. Nem mesmo o pedido de informações encaminhado pelo CIDADÃO teve retorno. A assessoria de Comunicação se limitou a informar que “no momento, não temos um posicionamento oficial quanto ao assunto”.

Desde o final do ano, o drama da Santa Casa se arrasta sustentando um grande ponto de interrogação. Depois de assumir a provedoria do hospital, diante da renúncia da provedora Sandra Godoy, o empresário Edilberto Sartin, convocou a imprensa no final de janeiro para anunciar que a Santa Casa acumulava uma dívida de R$ 28 milhões e apresentava déficit mensal de R$ 600 mil. E anunciava: “nesse ritmo o hospital fecha até março”.

Nesse meio tempo, os médicos vieram a público cobrar uma dívida de R$ 5 milhões em honorários e chegaram a estabelecer prazo para uma decisão, mas não chegaram a falar em paralisação. Especulações surgiram em meio ao silêncio da Santa Casa. Notícias davam conta de que uma outra OSS – Organização Social de Saúde iria assumir a gestão do hospital e chegou-se a comentar a possibilidade do Lar São Francisco de Jaci assumir a Santa Casa, o que foi descartado pelo provedor, que preferiu anunciar o estudo para uma gestão compartilhada, sem acrescentar detalhes ou confirmar reuniões com OSS de Andradina.

Nesta semana, veio a tona o rompimento de contrato entre a Santa Casa com o governo do Estado para gestão ao AME – Ambulatório Médico de Especialidades e o Centro de Reabilitação Lucy Montoro. A Santa Casa era a OSS gestora. 

Em nota ao CIDADÃO, a Secretaria de Estado da Saúde confirmou que foram abertas as convocações para Organizações Sociais de Saúde (OSS) que tenham interesse em administrar o AME e o Lucy Montoro de Fernandópolis. As convocações foram publicadas no último sábado, 25 de março. Sobre a Santa Casa de Fernandópolis, o contrato com a entidade será finalizado por questões administrativas, diz a nota.