O casamento, o nascimento do primeiro filho, o batizado, um passeio em família. Esses momentos mágicos fazem parte do sonho da maioria das pessoas, independentemente do sexo, idade ou religião. Desde que entra na fase da vida adulta, o indivíduo começa a se preparar para viver essas experiências ao formar uma nova família. Contudo, em tempos de coronavírus, essa rotina que sempre fez parte da cultura de todos os povos está mudando profundamente para a perpetuação das novas gerações.
Em meio a pandemia, casamentos foram adiados, mas a natureza não espera quando se trata de partos. A chegada de bebês não respeita a quarentena e tudo tem que ocorrer envolvido em procedimentos de segurança. Atenção redobrada para manter o mais novo membro da família livre do vírus.
De acordo com a Santa Casa de Fernandópolis, de 24 de março a 23 de abril, 20 partos foram realizados no hospital. Já o Cartório de Registro Civil informou que nesse mesmo período foram realizados 69 registros de nascimento.
Para diminuir os riscos de contaminação por coronavírus, a Santa Casa Fernandópolis elaborou um plano geral de contingenciamento cujas medidas foram divididas por fases baseadas na incidência do número de casos que necessitem de atendimento e abrangem todas as áreas e unidades do complexo hospitalar. Segundo a assessoria da entidade, foi aberta uma unidade específica para o atendimento a síndromes gripais com acesso independente dos demais serviços hospitalares. O novo complexo conta com uma equipe exclusiva e implementou processos que impedem o fluxo de pacientes e de profissionais a outras áreas do hospital.
Essas medidas geraram impacto direto sobre todos os setores da unidade hospitalar, inclusive à área denominada de materno-infantil que compreende a Maternidade, Pediatria e centro obstétrico. Com a recente reforma da Unidade III, houve a realocação da Maternidade que passou a ocupar área específica da unidade que também abriga a Pediatria.
“Além destas, outras medidas foram aplicadas, com a elaboração de planejamento estratégico específico para esta área. Nesta fase, as gestantes usuárias do SUS que não apresentem sintomas gripais e necessitam de assistência relacionada à gestação são atendidas diretamente pela Santa Casa. Nos casos de gestantes que não apresentam sintomas gripais, mas cujo atendimento não está relacionado à gestação são atendidas pelas UBS - Unidade Básica de Saúde - mais próxima de sua residência ou pela UPA - Unidade de Pronto Atendimento. Os casos de gestantes usuárias do SUS que apresentem sintomas gripais serão atendidas na Unidade de Atendimento a Síndromes Gripais, desde que não haja necessidades relacionadas à gestação” informou a Santa Casa.
Referente ao atendimento de gestante com presença de sintomas gripais e que necessite de atendimento obstétrico, as mesmas serão atendidas pela Unidade de Síndromes Gripais e posteriormente pelo Centro Obstétrico, adotando-se todas as medidas de precaução determinadas pelas notas técnicas do Ministério da Saúde, o que inclui até o acompanhante.
A lista de cuidados para proteger os “pequeninos” é extensa, o que tem mudado o cronograma rotineiro das famílias destes. O batizado que é um desses rituais em família também está na lista das etapas adiadas. Tanto a igreja católica como as denominações evangélicas estão com os batizados temporariamente suspensos. Segundo o padre Eduardo Lima, Paróquia santo Expedido do bairro Residencial Hilda Helena, a previsão é de que a igreja retomará as atividades no mês de maio, o que inclui o batismo dos fiéis.
Nesses novos tempos em que os cuidados e o isolamento social preponderam sobre as escolhas, sonhos e desejos, independentemente de ser casamento, nascimento de um filho ou batizado, esses momentos mágicos devem ser adiados por mais um pouco. A razão para tanto é simplesmente a constante necessidade de cuidar e proteger aqueles que você ama.