Geral

A família Patheys se entende por música



A família Patheys se entende por música
Valdir Geraldo de França no teclado – o único que ainda não tem apelido entre os músicos da banda (ou melhor, não tinha até o final desta matéria) – Vilmo Luís França, o “Farelo” na bateria, João Cláudio Pateis de França, o “Zeca” na viola e violino, Renato Gazeta de França, o “Noel” no contra-baixo, e Valmir Pateis de França, o “Pulê”, na percussão e no pente – sua especialidade. Todos participam das músicas também cantando ou em backing-vocal.

De um simples “guia de cego”, na cidade de Santa Fé do Sul, quando tocava violão ao lado de um idoso com deficiência visual que o contratou, Valdecir Pateis de França, o “legítimo” Pateis da família de músicos fernandopolenses, acabou se firmando como o maior incentivador da veia musical de seus sobrinhos e do filho Noel. O grupo investiu em si e passou a viajar pelo interior paulista e pelo sul de Minas, norte do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Valdir Geraldo – já preocupado com seu futuro apelido desde o início da entrevista concedida há uma semana – tem uma vasta história de convivência com grandes artistas com quem tocou. Antes, ele era “ganchinho” do Branco Alfaite, onde também trabalhava seu tio Pateis.

“Foi meu tio Pateis, o Valdecir, quem me colocou, ao lado do Farelo, para tocar na rádio Educadora, em meados de 1976. Éramos chamados de ‘Vilmo e Valdir’, ou para não fugir àquela realidade, éramos a dupla ‘Virmo e Vardi’. O Farelo tocava bandolim e eu violão. Tocávamos chorinho, na abertura da banda do tio Valdecir: ‘Os Recordistas’, especialista em choro. Lembro-me do nosso patrocínio, era a ‘Caninha Bico-Duro’, que é a cachaça Arara de hoje”, lembra Valdir. O músico tocou durante muitos anos ao lado de Moacir Franco, quando conheceu Uruguai e Argentina, além de se apresentar em todo o Brasil, principalmente em São Paulo e no norte do país. Valdir também foi o tecladista do início da dupla João Mineiro e Marciano. “Eu tocava no ‘Trio Arizona’ em São Paulo, quando o Farelo e o Zeca, da nossa nova banda, participavam do grupo de músicos. Tocamos várias vezes na extinta TV Manchete”, recorda Valdir.

“Na primeira vez em que uma dupla sertaneja se apresentou no programa ‘Globo de Ouro’, em meados de 89, toquei com João Mineiro e Marciano, que cantavam duas músicas: ‘Ainda ontem chorei de saudade’ e ‘Luzes da Ribalta’, uma homenagem a Charlie Chaplin”. Naquele dia, relembrado por Valdir, por estar muito nervoso, ele ligou seu teclado numa tomada 220 volts e torrou o aparelho. Teve que pegar emprestado o teclado de “Os Carbonos”, consagrada banda da jovem guarda.

Farelo, com passagens pelas bandas Plataforma e Energia, ambas de Fernandópolis, também tocou em outra banda em São Paulo, com Valdir, além do Trio Arizona: a banda “3 x 0”. Esta banda inaugurou a primeira casa Country de São Paulo, chamada “Caipiródromo”, que era gerenciada por Carlos Franco, irmão de Moacir Franco.

Atualmente, Farelo tocava com o primo Noel na banda Swing da Terra, conhecida banda fernandopolense. Valdir, Zeca e Pulê tocaram durante sete anos em Piracicaba, onde montaram a banda “Os Irmãos Pateis”. Agora, os cinco estão juntos no conjunto “Os Patheys Banda Show”. O primeiro show da nova banda será dia 9 de janeiro, no Centro Comunitário do Independente. “Escolhemos esse local por ser praticamente o nosso bairro, onde tocaremos pela primeira vez com o novo nome, e com essa formação. O nome é sem dúvida uma homenagem ao Valdecir, o culpado de tudo”, disse Valdir. O telefone de contato de “Os Patheys Banda Show”, é o 17 9124 7498.
Farelo não deixou a entrevista acabar sem antes alfinetar seu primo, e disse ao repórter: “Olhando agora para o Valdir, defini qual será o apelido dele – Jairzinho, o filho do Jair Rodrigues, parece demais”. Farelo e “Jairzinho” ainda relembraram uma das manias de Valdecir Pateis, - a de apelidar tudo, inclusive algumas comidas: tambor de revólver ou moleque ligeiro – quiabo; paletó de maloqueiro – carne seca; nariz de palhaço – tomate; Arca de Noé – a carcaça do frango assado de domingo sendo devorada na segunda-feira; saia de baiana – alface; relógio de pulso – ovo frito.