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A “rua pirata” do Jardim Santista



A “rua pirata” do Jardim Santista
Logo atrás do hemocentro da cidade, no Mini Distrito Industrial e Comercial, ao lado do Núcleo da Cesp, foi aberta uma rua de terra há cerca de seis anos, que desde então causa divergências de opiniões entre os moradores, estudantes e trabalhadores da região.

O terreno é propriedade da família Cáfaro, portanto é uma área particular e a abertura dessa rua pode ser classificada como invasão de propriedade. Porém, Humberto Cáfaro Filho não pretende fechar o terreno e nem proibir a passagem dos transeuntes. “É uma área que precisa ser urbanizada e estamos trabalhando para isso”, explica.

A Drª Brígida Cristina do Amaral Botelho Prudêncio, diretora do Hemocentro, diz que a rua tem bastante movimento e deveria ser pavimentada. “Uma parte desse terreno é de responsabilidade da Santa Casa, a outra, eu não sei. O problema é que em ambos os lados o mato cresce e tínhamos muitos problemas com escorpiões invadindo o hemocentro. Como ninguém tomava providências, comprei quatro galinhas de angola e soltei por lá. Agora não aparecem mais escorpiões”, conta Brígida.

Outro problema que perturba os moradores é a poeira. José Bussioli mora próximo à rua de terra e diz que quando o clima está seco, a poeira é quase insuportável. “Minha mulher limpa a casa e dentro de cinco minutos é só passar um pano no chão que ele sai vermelho de tanta terra. Eu queria que a prefeitura asfaltasse, fechasse ou pelo menos molhasse todos os dias”, sugere Bussioli.

Roberto Cecato, vice-diretor da Escola Estadual Afonso Cáfaro, explica que essa rua não existe no mapa, mas as pessoas se acostumaram a passar por ela e o fluxo é grande, tanto de carros quanto de pedestres. “Essa rua faz parte da vida dos moradores e de muitos alunos da nossa escola. Não sei se seria possível a pavimentação dela porque tem um afluente que passa pelo terreno e que foi canalizado para o córrego Santa Rita durante a administração de Armando Farinazzo”, explica o educador. Roberto disse que a escola também não tem problemas com insetos porque também criam algumas galinhas nos arredores.

Por sua vez, Cáfaro conta que o afluente não seria problema porque já foi canalizado e a área não sofreria danos ecológicos. O problema é o corte das arvores que requer autorização e, após a urbanização, o replantio delas na área.

“Existe boa vontade da prefeitura para que essa urbanização se realize, pois foi iniciativa dela. A prefeita veio me procurar para resolvermos esses problemas. Por mim, entregaria o asfalto e o loteamento em um mês, mas isso envolve regulamentação, preocupações ambientais. Já estamos estudando o caso, só precisamos de tempo para colocar em prática”, ressalta Cáfaro.