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Abandonado há 4 anos, “Edifício das Irmãzinhas” aguarda reforma



Abandonado há 4 anos, “Edifício das Irmãzinhas” aguarda reforma
O prédio número 993 da Rua Minas Gerais provoca desalento em quem passa pela rua. Fachada destruída, vidros quebrados, portas e janelas em petição de miséria, paredes pichadas.

Ele – o edifício – já viveu melhores dias. A denominação popular se deve ao fato de ter sido a sede, por vários anos, de uma irmandade de freiras.

Depois, o prefeito Rui Okuma adquiriu o prédio da Paróquia de Santa Rita de Cássia. Okuma planejava a construção de uma escola de ensino infantil e fundamental no lugar. Depois da morte do prefeito, o projeto ficou engavetado por algum tempo.

Agora, garante Adriana Merlotti, diretora de Educação do município, ele sairá do papel. Adriana explica que há um processo em fase final de tramitação no Fundeb (Fundo Nacional de Ensino Básico) para liberação de verba para a reforma.

Enquanto isso, os moradores vizinhos reclamam do estado de abandono. João de Domênico, de 82 anos, mora em frente ao prédio. Na sua casa vivem também a esposa Ricardina, 77, o filho Julio, 50, e dois netos.

João denuncia que “marginais” costumam usar o prédio para consumir drogas, à noite. “A caixa de luz do edifício não tem mais um único fio. Furtaram toda a fiação”, comenta.


TERRENO BALDIO
O morador aproveita a presença da reportagem para reclamar da sujeira de um terreno – este, uma propriedade particular -, ao lado de sua casa. Ali, segundo João, estão proliferando os caramujos, conhecidos transmissores de doenças como a esquistossomose, e que estão começando a invadir sua casa. “Preocupo-me com minha mulher e os netos”, lamenta.

O dono do terreno, segundo ele, prometeu limpar o imóvel, mas não o fez. “Esses caramujos se reproduzem muito rápido, são uma praga”, resmunga o ancião, que mostra uma enorme ratazana que havia matado naquela manhã. “Ou saiu desse terreno, ou do prédio das ‘Irmãzinhas’”, calcula ele.