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Abrindo espaço para os tucunarés



Abrindo espaço para os tucunarés
Definitivamente, estamos no “mês do Pica-pau”. O danado virou o personagem desta coluna nas últimas semanas. É que na segunda-feira, os leitores comentam a história publicada no sábado e daí aparecem novos “causos”. Todo mundo tem uma história pra contar do Pica-pau.

Um dos lugares que ele costuma freqüentar é o rancho do Bladimir Seloto, lá no Rio Grande. Uma vez, Pica-pau, Bladimir e Celinho passaram uma manhã inteira tentando fisgar tucunarés, sem sequer avistar um rebojo. Por volta das 11h desistiram e voltaram para o rancho.

Como de costume, tomaram umas quatro ou nove (isso, o Celinho e o Pica-pau) à sombra, ouviram música sertaneja e almoçaram. Depois de um período de descanso, o Bladi insistiu para que voltassem à pesca. De má vontade (a manhã tinha sido muito ruim) os dois montaram no barco e remaram (isso mesmo: não tinham levado motor) rio adentro. Claro, levando um isopor com oito garrafas de cerveja no gelo, para não se sentirem inseguros.

Foi só fazer o primeiro arremesso para constatar que os tucunas haviam chegado. Um cardume nadava sob o barco, era arremessar e fisgar. Pegaram uns 50. Eles tinham esquecido de levar o covo, e o Bladi sugeriu que tirassem as cervejas do isopor e as substituíssem pelos peixes, “senão vão se estragar”. “É pra já!”, disse o Pica-pau, que abriu duas, passou uma ao Celinho e começaram a beber nas bocas das garrafas: “Não vamos deixar esquentar senão fica choca, né?”, argumentou Pica-pau.

Só restou ao Bladi remar sozinho, levando a bordo 50 tucunarés e dois companheiros “mamando” cerveja...