A escassez de chuva em nossa região levou a hidrelétrica de Água Vermelha, responsável pela geração de energia elétrica para Fernandópolis, a operar com apenas 9,42% de seu volume útil. E, a expectativa é que os consumidores tenham que pagar a conta pelo custo adicional de geração por térmicas até o fim do ano.
O reservatório de Água Vermelha chegou a registrar 1,20% de volume útil, em novembro do ano passado, o nível mais baixo da série histórica registrada pelo ONS – Operador Nacional do Sistema. A média para esse mês de maio, que deveria ser entre 70%, como em 2020, ou 99% em 2016 está bem abaixo do esperado.
Na última semana, o CMSE – Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – autorizou o ONS – Operador Nacional Elétrico – a utilizar todos os recursos disponíveis para poupar água nos reservatórios das hidrelétricas “sem limitação nos montantes e preços associados”.
Para pagar essa conta, a Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica – anunciou a inclusão da bandeira vermelha 1 partir desse mês de maio nas contas de energia. Atualmente os valores das bandeiras tarifárias são: verde – sem custo adicional; amarela – R$ 1,34 para cada 100 kWh; vermelha 1 – R$ 4,17 para cada 100 kWh e vermelha 2 – R$ 6,24 para cada 100 kWh.
Especialistas fazem um alerta na reportagem de hoje, 12, no jornal Folha de S. Paulo, de que esse ano possa ser um ano de bandeira vermelha e fala, inclusive, da possibilidade de aumento das tarifas das duas bandeiras vermelhas que passariam a R$ 4,60 e R$ 7,57.