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“Água Viva voltará aos seus melhores dias”, diz advogado



“Água Viva voltará aos seus melhores dias”, diz advogado
Há pouco mais de dois meses, o advogado Wladimir Nery Saprudsky recebeu uma missão da empresa onde trabalha, a Keppler Advogados e Associados, de São Paulo: fazer uma extensa auditoria no Água Viva Thermas Clube de Fernandópolis.

Saprudsky, de imediato, diagnosticou que houve “um equívoco” na contratação de uma empresa de cobranças, feita pela família Francis, atual proprietária do Água Viva, para tentar receber dos sócios valores que o clube julgava de direito. Esse caso foi parar no Procon e no Ministério Público.

“Junto com o promotor e o Procon, esperamos reverter esse quadro, solucionar a pendência e devolver o clube ao associado”, disse. O advogado explicou que o Água Viva poderá ser vendido, desde que apareça uma boa proposta. “Na verdade, só depois que terminarmos esse ‘raio X’ da situação é que poderemos definir valores. De todo modo, vendendo ou não, a intenção da Keppler é profissionalizar o Água Viva, transformá-lo num grande complexo de lazer”.

O advogado divide o Água Viva em clube, hotel e lavra (o “poção” que fornece dois terços da água consumida em Fernandópolis). Não há prazo para a consecução da venda do complexo. O primeiro passo foi acabar com as improvisações e colocar as pessoas certas nos lugares certos. “Aos poucos, a equipe foi percebendo que estou do lado dela. Isso facilitou a aproximação entre nós. Eles entenderam que estou com a equipe na chuva ou no sol”, disse Saprudsky.


SALÁRIOS
A prioridade do gestor foi colocar os salários dos funcionários em dia. O próximo passo é resolver a “situação desagradável”, como a classifica o advogado, com os sócios do clube. Ocorre que centenas de sócios receberam cartas de cobrança (no valor de R$ 480). Muitos procuraram o Procon e alguns recorreram ao Ministério Público. “Vamos equacionar isso da melhor maneira possível. Queremos que os sócios voltem a sentir orgulho do Água Viva”, disse.

Em seguida, Saprudsky pretende promover eventos que atraiam turistas. “O potencial turístico desta região é enorme. Estamos a meio caminho de um estado como o Mato Grosso do Sul, uma cidade como São José do Rio Preto e a capital. Temos essa água mineral aquecida naturalmente, que brota do solo entre 57 e 59º e que tem propriedades medicinais. Este lugar é naturalmente encantador. Só precisamos lapidar todas as arestas e fazer o empreendimento andar com seriedade e profissionalismo”.

Um dos exemplos que Saprudsky faz questão de citar é o afluxo de turistas descendentes de japoneses, fãs do gate-ball. “Fiz um sobrevôo na região, conheci a ponte rodo-ferroviária . Mas ainda é pouco, quero conhecer toda a região, aprender para poder aplicar”, argumentou.
O advogado faz questão de afirmar: “Gostei muito de Fernandópolis. Mesmo com esses contratempos, fui muito bem recebido pelas pessoas. Não tive um único fato desagradável. Isso motiva a gente a trabalhar ainda mais”, concluiu.