Janeiro foi o mais chuvoso dos últimos anos. Mas, foram as chuvas de fevereiro que deixaram rastro de destruição na cidade e fizeram moradores se depararem com problemas antigos de enchentes.
Foram três chuvas de intensidade média, entre 40 e 50 mm e uma mais intensa, de 89 mm, entre a quinta-feira, 4, e a segunda-feira, 7. Só que a maior parte desse volume ocorreu em curto espaço de tempo, suficientes para causar problemas. Começou na quinta-feira com pontos de enchente no Parque Estoril, entre as avenidas Milton Terra Verdi e Paulo Saravali no cruzamento com a Rua Paraná. Outro ponto de alagamento virou vídeo na internet com a indignação dos moradores da Rua Conceição Rodrigues Ribeiro no Parque Universitário. Adrian Valentim contou que a água subiu e invadiu a área residencial e que o problema ocorre com frequência. Ela filmou o marido Alexandre Sampaio Mendonça com água acima do joelho na rua em frente a casa. No domingo à tarde, novamente o problema se repetiu. Os vizinhos relatam que a rua é a última do bairro, paralela à área de preservação do ribeirão Santa Rita. “Toda a água do bairro desce prá cá e aqui na rua tem apenas uma boca de lobo de galeria para captação de água que não é suficiente”, diz.
Questionada, a prefeitura informou que “a Secretaria de Obras está iniciando um levantamento das ações que visam solucionar esse fato que foi relatado pelos moradores da rua Conceição Rodrigues Ribeiro, no Universitário”.
CRATERAS
As chuvas também abriram crateras pela cidade. Na Avenida Aldo Livorato no Jardim Por do Sol, a cratera ocupou parte da pista. Outra cratera apareceu na via de acesso ao campus universitário da FEF e Hospital de Amor. A lama invadiu a pista e houve afundamento de parte da pista. Em outros pontos da cidade, também houve danos. Desde segunda-feira, equipes da prefeitura atuam para reparar os estragos.
O problema maior ocorre na área da Mata do Jardim Paraíso, a poucos metros da Avenida Rubens Meato Padilha no Residencial dos Botelhos. A galeria de tubos que faz captação de água no local se rompeu e foi aberta uma imensa cratera que engoliu até árvores.
Segundo a prefeitura, “já está realizando ações desde quarta-feira na Jardim Botelho, para o aterramento e colocação posterior de nova tubulação de águas pluviais”. Uma lona foi colocada na encosta para evitar novos desmoronamentos em caso de chuva.
O acumulado de chuva em fevereiro, até sexta-feira, 11, já atinge a 271,83 milímetros, segundo dados da Estação do Ciiagro.
Somando com janeiro, a chuva acumulada em 41 dias chega a 607 milímetros. Esse volume é equivalente a 83% de toda a chuva registrada no ano de 2021 e 502% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (100,8%).
“Águas de fevereiro” causam danos na cidade
