No momento em que o diretor de sistemas Umberto Cidade encerrou sua exposição e seriam iniciados os debates, o vereador Alaor Pereira Marques (PSB) atravessou os inscritos, subiu ao palco, dirigiu-se ao microfone do apresentador e fez nada menos que nove indagações ao executivo da empresa.
Alaor criticou a burocracia do programa Bolsa-Família, que permite isenção do pagamento de água aos consumidores carentes nele inscritos; disse que o contrato pode ser revisto a cada quatro anos, mas nunca rescindido; pediu a individualização dos hidrômetros do Conjunto Habitacional Sérgio Cavariani e garantiu que a Sabesp vai embolsar R$ 300 milhões nesses 30 anos.
O executivo da Sabesp respondeu item por item ao vereador, e ao final disse entender as preocupações e dúvidas dos representantes do Legislativo: Afinal de contas, a Câmara é que vai decidir se o contrato será ou não renovado, declarou.
O empresário José Sequini Junior, provedor da Santa Casa de Misericórdia, apresentou ao diretor Umberto Cidade um ofício e um dossiê no qual pede o repasse de 2% do faturamento da Sabesp à Santa Casa. Hoje, a Sabesp é uma empresa de economia mista, e como tal paga imposto de renda. Logo, ela pode auxiliar o hospital e deduzir isso do IR, porque a lei permite, argumentou. Cidade considerou a proposta interessante e prometeu estudar o caso.