As chuvas voltaram à região neste mês de outubro, suficiente apenas para pôr fim a prolongada estiagem que levou a recordes de queimadas a partir de julho até o início deste mês. Na principal hidrelétrica da região, a Usina de Água Vermelha, as chuvas ainda não impactaram no nível do reservatório que atingiu nesta sexta-feira, 30, 9,5% do volume útil.
De acordo com a AES Tietê, que opera a usina, este não é o nível mais baixo já registrado. “O reservatório já atingiu níveis mais baixos”, disse a empresa em nota ao CIDADÃO. Apesar do baixo nível continua operando normalmente na geração de energia.
“A UHE Água Vermelha está em condições de operar na potência máxima de acordo com o nível do reservatório, a saber, 1150MW, porém, não por longos períodos em função da afluência e do nível de água no reservatório. Vale ressaltar que esta condição operacional da usina é prevista no planejamento anual de geração de energia elétrica na região Sudeste, conforme estabelecido pelo Operador Nacional do Sistema (ONS)”, explica a AES Tietê.
O volume baixo do reservatório impacta toda a região ribeirinha, principalmente nos afluentes do Rio Grande. Prainhas e condomínios de ranchos das cidades de Ouroeste, Indiaporã, Mira Estrela São João do Marinheiro e Cardoso sentem reflexos.
Na prainha de Santa Izabel do Marinheiro, onde antes era área alagada do reservatório hoje restam apenas pequenas lagoas em meio a vegetação e o leito original do rio Marinheiro.
Ainda no Rio Grande, o reservatório da Usina de Marimbondo em Icem está com 6,67%. Já o reservatório de Ilha Solteira mantém 55,9% o que permite manter em operação a navegação na hidrovia.
Apesar de reservatório com 9,5% do volume útil, Usina de Água Vermelha opera normalmente
CHUVAS
As chuvas que voltaram à região neste mês ainda estão abaixo da média. De acordo com a Estação Hidrológica do Ciiagro em Fernandópolis o acumulado de chuva neste mês de outubro é de 78,5 mm.
