Economia

Após duas quedas seguidas, mercado de imóveis reage em Fernandópolis e região



Após duas quedas seguidas, mercado de imóveis reage em Fernandópolis e região

Após duas quedas seguidas, de 28,79% em janeiro e de 23,80% em fevereiro, as vendas de casas e apartamentos tomaram um novo rumo no mês de março. Houve um crescimento de 61,32% nas transações nesse período, acumulando alta de 9,73% no primeiro trimestre de 2022.
Esse resultado foi registrado pelo levantamento feito pelo Crecisp - Conselho Regional de Corretores de Imóveis de SP - com 27 imobiliárias, nas cidades de Bady Bassit, Catanduva, Fernandópolis, Jaci, José Bonifácio, Mendonça, Nova Granada, Palestina, São José do Rio Preto, Urupês e Votuporanga.
No relatório do Crecisp, também chama atenção o percentual de imóveis vendidos por meio de parcelamento direto pelos proprietários: 47,06% das vendas foram feitas por essa modalidade. Na sequência, os compradores optaram pelo financiamento por bancos privados, com 29,41%; e pelos negócios à vista, com 17,65%. A Caixa concedeu crédito imobiliário para apenas 5,88% das transações.
O presidente do Crecisp, José Augusto Viana Neto, acredita que esse panorama pode ser decorrente dos juros mais altos levando os compradores a recorrerem à benevolência dos proprietários, evitando os contratos bancários, que sempre são mais exigentes. “Os bancos ainda têm que alinhar seus procedimentos e rever suas taxas se quiserem se manter como melhores escolhas de financiamento na compra da casa própria. Caso contrário, haverá um afastamento ainda maior por parte dos interessados em adquirir uma propriedade”.
Na comparação entre março e fevereiro, a principal faixa de preço dos imóveis vendidos foi a de até R$ 500 mil, com metade das vendas realizadas.
Quanto aos bairros onde mais houve venda de casas e apartamentos, eles se dividiram entre 75% para área nobres; 20% para periferias e 5% para áreas centrais; 59,09% dos imóveis negociados eram de padrão médio; 27,27%, luxo, e 13,64%, standard.
Tanto as casas quanto os apartamentos mais vendidos em março na região de São José do Rio Preto tinham o mesmo padrão: eram de 3 dormitórios, com 2 vagas de garagem e área útil de, em média, 101 a 200 m².
LOCAÇÕES CAEM 
Se as vendas aumentaram em março na região de São José do Rio Preto, o mercado de locação se comportou de maneira oposta. Uma queda de 42,86% no número de novos contratos de aluguel foi registrada nesse período, após dois meses consecutivos de alta: de 24,59% em janeiro e 77,08% em fevereiro. Com isso, o acumulado do primeiro trimestre do ano se mantém positivo em 58,81%.
Os novos inquilinos preferiram alugar casas a apartamentos na região em março. As mais alugadas foram as de 2 dormitórios, com 1 vaga de garagem, e área útil de, em média, de 51 até 200 m².
Os locatários optaram por imóveis na faixa de aluguel de R$ 501 até R$ 750,00, que responderam por 50% do mercado. As casas mais alugadas se concentraram na periferia das cidades consultadas e em sua maioria eram de padrão médio.