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Árbitro não relatou na súmula que Pinho chamou bandeirinha de prostituta



Árbitro não relatou na súmula que Pinho chamou bandeirinha de prostituta
 Partida marcada por catimba, pouco futebol e omissão do árbitro teve 27 minutos de jogo parado

No último domingo, 4, Fefecê e Barretos protagonizaram uma das partidas mais feias desta Segundona. Com uma equipe omissa e, segundo o presidente do clube fernandopolense Álvaro Zonta, incompetente, o Barretos veio a Fernandópolis com a tarefa de, no mínimo, não sair de campo com a derrota. “É um time de marica, eles precisavam vencer porque sabiam que toda a comissão e alguns jogadores seriam mandados embora se perdessem o jogo. Aí vieram aqui e fizeram esta palhaçada”, disse Zonta, irritado após o jogo.

O Barretos chegou a abrir o placar no segundo tempo com Marlon após falha bizarra do goleiro Mateus Luiz Veloso. O goleiro, cujo sobrenome é o de um dos maiores goleiros do futebol brasileiro, não pareceu nem de longe com o craque. Ao tentar trazer a bola com os pés para dentro da grande área e em direção ao gol, o atacante do Barretos aproveitou da ingenuidade do arqueiro fernandopolense, se livrou de mais um zagueiro e abriu o placar. Com o gol, o Barretos iniciou uma aula de dramaturgia explícita. Todos os jogadores se esqueceram do futebol e mostraram talento como atores simulando faltas, fazendo caras e bocas e protagonizando um espetáculo no gramado, rolando de um lado parta o outro como se concorressem à vaga para uma novela “das oito”.

Com muita cera e catimba, o jogo teve apenas 63 minutos de bola rolando. Os “atores” do Barretos conseguiram retardar 27 minutos de jogo, e contaram com o apoio do árbitro Wagner Francisco Salviano da Silva, que não advertiu nenhum deles pela famosa “cera” que fizeram. O Fefecê cometeu 20 faltas,  porém as encenações de “contusões” foram triplicadas.

Além da omissão dentro de campo, Wagner Salviano não registrou na súmula as duras ofensas proferidas pelo treinador do Barretos Pinho a auxiliar Maiza teles Paiva, que foi xingada de “prostituta” pelo técnico a beira do gramado. Mesmo estando ao lado da cena, o quarto árbitro Peterson Tiago Guilherme permaneceu calado diante do ocorrido.

Pinho chegou a estar à frente do Fefecê no ano passado, contratado pelo então presidente Cleiton Ferraz, com quem bateu papo após o jogo de domingo. No entanto, após um desentendimento o treinador foi demitido antes mesmo de estrear. “A torcida ficava pedindo para contratá-lo, pois ele conquistou o acesso no ano passado com o Cotia. É esse cara que eles querem? Esse que ficou pedindo para os jogadores caírem? Vão me desculpar mas para mim não serve”, disse Zonta que esteve na confusão após o fim do jogo.

O estreante Jadson, que jogou ao lado de Ronaldo Fenômeno no Corinthians, marcou de pênalti o gol de empate e garantiu mais um ponto para o Fefecê que permanece na 3ª colocação do Grupo 2, com cinco pontos e pega o vice-líder Inter de Bebedouro amanhã, no Cláudio Rodante, às 10h, pelo returno.