Mateus Carvalho Pivaro é uma criança como todas as outras. Gosta de jogar videogame, brincar com os amigos e andar de bicicleta. Saber disso é uma grande alegria e um presente de Deus para os seus pais Célia e Nilson.
Célia e Nilson formaram com os filhos Mateus e Camila uma família muito unida. Gostam de sair para se divertir e a Expo de Fernandópolis encabeça a lista dos programas prediletos.
O que eles não podiam imaginar é que o destino havia lhes reservado grandes surpresas, infelizmente, tristes e penosas.
Foi em 2005 quando Mateus tinha de 7 para 8 anos e começou a mancar. Sua mãe o levou ao médico para uma consulta, ele solicitou alguns exames e ela voltou tranqüila para casa.
Depois de alguns dias, com as radiografias nas mãos o médico ortopedista Hélio Franciscon Filho identificou um tumor no fêmur.
Encaminhados para Barretos a família começou a lidar com o desespero e o sofrimento, lado a lado. Foram para São Paulo, buscaram mais opiniões e decidiram que o Hospital Pio XII, de Barretos seria o melhor caminho. Por coincidência ou força do destino, a rua em que a família mora denomina-se Travessa Pio XII.
O corajoso Mateus enfrentou sessões de quimioterapia, radioterapia e precisou colocar plaquetas, que foram rejeitadas e em seguida precisou injetar plaquetas especiais. Passou por muitas provações, mas todas como o lema da família: firme e forte, consigo e quero.
A mãe Célia conta que durante todo o tempo que família se dividiu entre as cidades de Fernandópolis e Barretos, não conseguiram se sentir sozinhos em nenhum momento.
O pai Nilson lembra que diante da necessidade de ficar com o filho em Barretos, que não queria ficar em alojamentos, começaram a procurar uma casa para alugar, mas não encontraram nenhuma mobiliada. Diante do impasse expuseram o problema para os grupos da igreja que freqüentam. Foi ai que sentimos o maior amor, que éramos especiais, nos sentimos queridos, pois os casais decidiram que iriam se revezar e cada dia iríamos no carro de um deles, conta Nilson e Célia, muito emocionados. A decisão também foi tomada para que Mateus não perdesse as aulas.
Célia disse que cada casal trazia uma brincadeira diferente, uma música, tudo para que Mateus tivesse uma viagem tranqüila.
Eles também lembram de um querido amigo que até hoje prepara o caldo preferido de Mateus. No meio do caminho de volta, esse amigo nos ligava para dizer que o caldo estava pronto. Quando chegávamos em Fernandópolis íamos direto para a casa dele buscar o alimento, conta Célia.
Em 2006 Mateus recebeu a maior das honrarias, o diploma de corajoso do hospital de Barretos, o qual exibe com todo orgulho.
Em 2007 veio a melhor das noticias, Mateus foi liberado, depois de vários exames e hoje vai a Barretos de 90 em 90 dias para controle e nova bateria de exames.
A família diz que recebeu muita força de Deus e dos amigos e agradece a todos com muito carinho.
Há 15 dias Mateus realizou o maior sonho: andar de bicicleta.