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Aterosclerose: causa principal de eventos cardíacos



Aterosclerose: causa principal de eventos cardíacos

As artérias coronárias são responsáveis pelo transporte de sangue rico em oxigênio e nutrientes para o músculo do coração, o miocárdio. Condições que diminuem esta perfusão sanguínea podem levar a isquemia miocárdica, onde o músculo sofre uma série de alterações bioquímicas, resultando num distúrbio da sua função principal que é contrair e impulsionar o sangue para os vários segmentos do corpo. A aterosclerose é causa principal de diminuição do fluxo de sangue através das artérias coronárias. Nesta doença ocorre a formação de placas ateroscleróticas compostas por vários elementos, como células musculares e inflamatórias, tecido conjuntivo e colesterol. Quando bem desenvolvidas estas placas obstruem parcialmente ou completamente o vaso sanguíneo restringindo a oferta de sangue oxigenado para o miocárdio.

A aterosclerose é uma doença crônica que começa a se desenvolver na juventude, sob a forma de estrias gordurosas, mas é em fases mais avançadas da vida, usualmente na 5ª-6ª década de vida que ela se manifesta clinicamente. Algumas pessoas apresentam sintomas somente quando estão frente a situações onde existe um aumento da demanda de sangue para o miocárdio, como ocorre nos exercícios físicos, nas relações sexuais ou nos momentos de estresse. O sintoma mais comum é a dor no peito, que costuma ser do tipo aperto ou queimação, algumas vezes acompanhada de falta de ar e que desaparece com a interrupção da atividade desencadeante.

Outras vezes estas placas podem se romper e ocasionar a formação de um coágulo de sangue sobreposto sobre ela, que obstrui a artéria agudamente, causando por vezes, formas mais graves de isquemia, como o infarto agudo do miocárdio, a angina instável e até a morte súbita.

A aterosclerose é uma doença de origem multifatorial, sendo relacionada a fatores de risco como colesterol elevado, diabetes, antecedentes familiares, estilo de vida sedentário, hábito de fumar, obesidade e pressão alta. O controle destes fatores, quando factível, é de suma importância na prevenção desta enfermidade.