Todos podem cair. Mas somente os fracos permanecem no chão. A frase do cantor jamaicano Bob Marley, descreve bem a situação vivida pelo fernandopolense Márcio Cajuela, atleta de levantamento de peso (Powerlifting).
Quem hoje Márcio Cajuela com várias conquistas no esporte, influenciando jovens a iniciar a vida no esporte, não faz ideia que nem sempre a vida sorriu para “pirulito” como é popularmente conhecido onde treina. O atleta experimentou o lado mais sombrio da vida ao se ver perto da morte, em decorrência da dependência química e, principalmente, o alcoolismo, práticas totalmente opostas à uma rotina saudável de um atleta.
Alcoólatra e sem forças para mudar o rumo de sua vida, Márcio ainda viu o mundo desabar ainda mais quando foi acometido pela depressão, comum nesses casos mais agudos do alcoolismo. O primeiro passo para mudar a realidade ele mesmo deu, buscando tratamento. No entanto, após internação e melhora, a vida lhe deu mais um golpe. Veio a separação da esposa e mais uma vez tudo ruiu. Em comparação ao estágio anterior, ele se viu pior ainda, adquirindo uma pancreatite.
Por mais que pareça um roteiro de uma produção de Hollywood, é apenas mais uma em milhões de histórias de brasileiros que passaram do ponto com o álcool. À beira da morte, e ciente da média de mortes por pancreatite (mais de 132 mil em 2015), Cajuela ainda teve uma infecção generalizada por uma bactéria hospitalar que quase colocou um ponto final na história que ainda teria um final feliz.
Após muitas internações, idas e vindas à Santa Casa, o atleta ainda sofreu com a própria aceitação e falta de coordenação motora. Amante do esporte desde adolescente e formado em Educação Física em 2009, os problemas o afastaram da prática esportiva.