AVCC e Rotary 22 de Maio promovem “Caminhada pela Vida”

Hoje à tarde, acontece a 3ª Caminhada pela Vida, uma promoção cujo objetivo, além de estimular o hábito de andar e fazer exercícios é arrecadar fundos para a Associação dos Voluntários no Combate ao Câncer. Diante da importância do evento, CIDADÃO modificou especialmente para o caso o formato desta coluna - em vez de um, tem três entrevistados: o presidente da AVCC, Adenilton Luis Fernandes, um pecuarista de 46 anos que há dois e meio comanda a entidade; o enfermeiro Sérgio Felix do Nascimento, “pau para toda obra” do hospital; e o engenheiro Francisco José Gouveia, do Rotary 22 de Maio, que comanda o evento. O trio se mostrou afinado nas propostas e deixou claro que essa caminhada vai virar tradição. Uma saudável tradição fernandopolense.

CIDADÃO: Neste sábado, acontecerá a 3ª Caminhada pela Vida. Qual é o objetivo da promoção?
FRANCISCO: A idealização é do Rotary Clube 22 de Maio e o intuito é ajudar a AVCC, através da venda de camisetas. Conseguimos patrocinadores para as camisetas e estamos vendendo a R$ 10. Quem comprar participa da caminhada e ainda concorre a alguns prêmios após a chegada. Serão prêmios como DVD e Celular. Esperamos arrecadar R$ 25 mil para a AVCC.

CIDADÃO: Qual é a expectativa em relação ao número de participantes?
FRANCISCO: Creio que no dia, com tempo bom, teremos 700 pessoas cumprindo o trajeto que foi pré-estabelecido. A concentração começa às 14h, mas desde as 10h teremos um trio elétrico animando o ambiente e chamando a população. Quem quiser, poderá comprar a camiseta na hora. Às 16h, haverá a saída da Praça da Matriz, passando pela Rua Brasil, Avenida Expedicionários, Avenida Augusto Cavalin e finalmente a chegada ao hospital da AVCC.

CIDADÃO: Essa empreitada com nome tão bonito – “Caminhada pela Vida” quer mostrar o quê à população?
FRANCISCO: Primeiro, queremos mostrar ao pessoal o que é a AVCC – um hospital que já faz micro-cirurgias, consultas...Além disso, nossa intenção é que, ao participar dessa caminhada, as pessoas tomem gosto por esse exercício e passem a caminhar regularmente. Assim, além de ajudar a AVCC a salvar vida, ajudarão a si próprias. A idéia surgiu quando conhecemos a “Caminhada Vivo pela Vida”, e nós a adaptamos, inclusive com a procura de empresários que patrocinem as camisetas.

CIDADÃO: A AVCC continua a fabricar os pães e doces que são vendidos à população para arrecadar fundos? ADENILTON: Sim. Todas as quartas-feiras, as equipes vão para a nossa cozinha, que fica no bairro Vila Aparecida, para fabricar os pães e doces. Só que não damos conta das encomendas, eu queria inclusive que alguns voluntários montassem uma equipe para trabalhar nos finais de semana para fabricarmos mais produtos. Tudo o que é feito é vendido. Temos sempre várias encomendas, e muitas vezes não temos o que entregar. Aproveito então para pedir que divulguem nossa convocação a quem quiser ajudar e montar sua equipe de “produção”. Atualmente, os doces são feitos na terça-feira e os pães na quarta. Precisamos usar outros dias da semana.

CIDADÃO: Como deve proceder quem quiser comprar os produtos das quituteiras da AVCC?
ADENILTON: Basta ligar para 3462-5070. Ou então, ir até lá, onde era o albergue noturno.

CIDADÃO: A AVCC está na ativa há quanto tempo?
ADENILTON: Em fevereiro, a instituição completará dez anos. Vamos comemorar fazendo a quermesse da Aparecida.

CIDADÃO: O hospital já começou a realizar os tratamentos quimioterápicos?
SÉRGIO: Ainda não. A quimioterapia está prevista para o início de 2008, porque existem algumas etapas burocráticas a serem cumpridas, como o alvará da Vigilância Sanitária, o laudo do Corpo de Bombeiros etc. Estamos em fase de encaminhamento dessa papelada toda. Na parte de atendimento, virão mais dois médicos para Fernandópolis, isso já está certo. Virão o Dr. Paulo Bispo e a Dra. Cátia Fuzza, para gerenciar o tratamento quimioterápico. O hospital vai gerar mais alguns empregos diretos e talvez também indiretos. Até o final de 2007, vamos inaugurar um consultório odontológico em parceria com a Unicastelo e provavelmente, ainda este ano vamos receber recursos do governo de São Paulo para a aquisição de um aparelho de ultra-sonografia. O termo aditivo do convênio já foi assinado. Esperamos que esses recursos venham ainda em 2007.

CIDADÃO: O que você pode adiantar sobre esses dois novos médicos?
SÉRGIO: São oncologistas, ele é clínico, ela quimioterapeuta. Eles irão ministrar o tratamento de quimioterapia. A princípio, o atendimento de quimioterapia ocorrerá em dois dias da semana. Como você sabe, a gente já tem outros dois dias de atendimento do Dr. Guilherme, que é oncologista clínico e cirurgião. Assim teremos médicos atendendo no ambulatório praticamente a semana toda. À medida que a procura for aumentando, teremos conseqüentemente que trazer médicos com residência fixa em Fernandópolis, para poder fazer um trabalho mais próximo do paciente.

CIDADÃO: Quem arca com o pagamento dos médicos?
SÉRGIO: O pagamento dos profissionais fica a cargo da entidade, a própria AVCC. Usamos para isso os recursos que obtemos a duras penas com os eventos: quermesses, leilões, a própria Caminhada pela Viva, cujo faturamento se destina ao custeio de medicamentos, manutenção, material médico-hospitalar. E temos aprovado na Câmara Municipal de Fernandópolis um projeto de Lei que visa ao repasse de R$ 400 mil em 2008 para a entidade. O tratamento é de alto custo e teor de complexidade, mas a gente tem que contar com parceiros. A prefeitura já é um grande parceiro, uma vez que ela destina R$ 96 mil anuais para a entidade. Temos vendido ações básicas de saúde em oncologia para o município. Enfim, para 2008 haverá essa verba de R$ 400 mil, obtida através de uma emenda orçamentária do vereador Alaor Pereira.

CIDADÃO: Qual é a avaliação que a população tem feito dos serviços da AVCC?
SÉRGIO: Quando trouxemos o Dr. Guilherme – e eu fui um dos que insistiu na vinda dele, porque o conhecia como pessoa, sabia do amor que ele dedica à profissão – nosso objetivo era fazer um trabalho de base muito bem feito, de crescer junto com o ambulatório, então quando se fala do atendimento da AVCC, acho que há unanimidade. Não tem ninguém que diga que não é bom, que não tem qualidade. Ao contrário, todo mundo elogia a qualidade do atendimento e da organização. Hoje, nós já sabemos perfeitamente quais os pré-requisitos para um médico trabalhar na AVCC e dar certo. Nós temos em mente que sempre que se começa um trabalho, tem que começar com um serviço bom, que atenda às expectativas de quem o procura. Ao conhecermos o Dr. Paulo e a Dra. Cátia, nós da AVCC sentimos que eles tinham as características que esperamos dos parceiros da instituição: dinamismo, amor à profissão, gosto pela profissão.

CIDADÃO: Qual é a importância do hospital da AVCC do ponto de vista do ensino, ou seja, como veículo para o aprendizado dos alunos das faculdades de Medicina e Enfermagem?
SÉRGIO: A importância disso é grande, porque poderemos celebrar parcerias com a Unicastelo e a FEF (com a FEF já existe um convênio). Esperamos firmar compromisso já em 2008 com a Unicastelo, e abrir as portas da AVCC para a especialidade médica. Com certeza, a AVCC será campo de estágio também para a Unicastelo. Já fizemos isso no caso do consultório odontológico.