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Aviação abre portas para o sucesso profissional



Aviação abre portas para o sucesso profissional
Instrutor de vôo do Aeroclube de Fernandópolis revela as boas perspectivas profissionais para pilotos civis e comerciais

Aos 18 anos de idade, Luis Alberto Sanches, um paulistano do bairro da Lapa, obteve o seu brevê de piloto em Manaus.

Era o início de uma carreira onde o exercício da profissão se fundiu à atividade de instrutor de vôo teórico e prático.

Hoje, aos 31 anos, Sanches exerce essa função no aeroclube de Fernandópolis, cujo presidente é Darbijoni Ferro e o vice, Orlando Carlos Grecco. “No ano 2000, o Darbi e o Carlinhos me convidaram para assumir a função em Fernandópolis. Aceitei o desafio”, conta Sanches.

Ele mudou-se para a cidade, depois de dois anos trabalhando em Jales. Seu equipamento de trabalho, na parte prática do curso, consiste de um Cherokee 140, pertencente ao aeroclube, e um Aeroboero 115, do Ministério da Aeronáutica, cedido para instrução.


ALUNOS
Sanches explica que o interessado em tirar o brevê tem que passar por exames médicos no Hospital da Aeronáutica, em São Paulo, ou na Base Aérea de Campo Grande (MS). Se for aprovado, receberá um cartão de saúde, considerando-o apto a exercer atividades aéreas. A aptidão física é aferida através de exames de profundidade.

O segundo passo é o curso teórico, com duração de cinco a seis meses, que prepara o candidato para a atividade aérea. O curso tem Regulamento de Tráfego Aéreo, Direitos e Deveres da Aviação, Teoria de Vôo, Meteorologia e Navegação Aérea (como se deslocar de uma cidade a outra), além do estudo da Decolagem e Vôo e das partes que compõem o avião e seu funcionamento.

A prova teórica é aplicada pelo Comando da Aeronáutica, e o candidato precisa ter um aproveitamento mínimo de 70%. O resultado sai em 30 dias úteis.

Caso tenha sido aprovado, o aluno passará à fase prática do curso, tendo que voar no mínimo 40 horas antes do vôo de cheque. Esse vôo é precedido do “solo”, ou seja, a primeira vez que o candidato voa sozinho.

Segundo Sanches, a maioria dos alunos se interessa pela aviação comercial, já que há falta mundial de pilotos gabaritados para pilotar os grandes jatos. “Empresas de outros países, como a Emirades, fazem constantes propostas aos pilotos brasileiros, e muitos pilotos da TAM e da Gol, por exemplo, pedem demissão para trabalhar no exterior, seduzidos pelos salários de US$ 12 ou 15 mil”, relata o instrutor.

Ele cita como exemplo o Comandante Carvalho, um piloto de Fernandópolis que atualmente trabalha em Macau, na China. “A profissão não tem crise, porque o mercado sempre absorve a mão-de-obra”, garante Sanches. “E os pilotos brasileiros gozam de excelente reputação no mundo todo”, garante.