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Berço histórico de Fernandópolis, Brasilândia celebra 82 anos



Berço histórico de Fernandópolis,  Brasilândia celebra 82 anos

O bairro mais antigo de Fernandópolis, a Brasilândia, comemora nesta terça-feira, 10, 82 anos de fundação. Essa foi a data que o italiano Carlos Barozzi mandou celebrar a primeira missa, marcando o início do primeiro núcleo urbano em meio ao chamado “sertão de Rio Preto”. 
Brasilândia é, portanto, o berço histórico de Fernandópolis, cidade que nasceu da fusão das vilas Brasilândia (10 de novembro de 1938) e Vila Pereira (22 de maio de 1939).
A história da Brasilândia ganhou um capítulo importante no livro “Sertão de Rio Preto” do fernandopolense Oswaldo Sartori, 69 anos, lançado em 2019, onde relata a história da família na chegada a Brasilândia. 
“O meu pai, Armando Sartori (1928) sempre foi a história ambulante. Bastava encontrar alguém e lá vinham suas histórias. O sítio do avô Angelim Sartori era na chegada à Brasilândia pela estrada dos Barozzi, logo, viu toda a passagem dos pioneiros”, contou Osvaldo Sartori em entrevista ao CIDADÃO.
No livro, Sartori resgata a partir de um trabalho de pesquisa, a chegada dos imigrantes italianos à região, especialmente na Brasilândia. “Quando chegamos de mudança ali na entrada da Brasilândia em 13 de junho de 1939, ela estava ainda em seu primeiro ano. Tinham derrubado a mata necessária para o plano da vila, com seis ruas na largura e oito ruas no comprimento, no centro das quais reservaram dois quarteirões para praças, onde estão hoje a igreja e a escola estadual. A vila começou com a transferência aos poucos da estrutura que o Luiz Armando vinha instalando na sede da fazenda desde 1933, como a venda, a farmacinha e a casa do Zé Coelho etc. O Generaldo Brito Vilas Boas, que cuidava do alambique e da cana e fazia pinga ajudava o povo a esquecer a solidão do sertão, continuou na fazenda”, escreveu no capítulo “Primeiros passos da Brasilândia”. 
Em outro trecho, conta: “Em 1943 abriu o plantio do café e todos queriam derrubar as matas. O café demandava muita mão de obra... vimos mais de 1.000 caminhões de mudança passarem em frente nossa casa. Só no ano de 1943 veio muito mais gente que em todos os anos anteriores, o barulho dos machados pipocava por toda a parte; naquele mês de agosto, época das queimadas, houve dia que o sol demorou aparecer, tamanha a quantidade de fumaça. À noite os clarões de fogo estavam por toda parte”. 
Para manter viva a história da Brasilândia, moradores se uniram para lançar a página “Eu Amo a Brasilândia” no facebook por ocasião das comemorações dos 80 anos do bairro. A página continua ativa com quase 5 mil seguidores. Neste ano, o bairro também ganhou espaço no Instagram.