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Brasil e EUA podem fechar acordo sobre biocombustíveis; negócio interessa à região



Brasil e EUA podem fechar acordo sobre biocombustíveis; negócio interessa à região
O subsecretário do governo norte-americano para assuntos políticos, Nicholas Burns, declarou recentemente em São Paulo que “os EUA esperam chegar em breve a um acordo com o Brasil sobre biocombustíveis”.
Observadores econômicos acreditam que o plano do governo Bush é expandir a produção de biocombustíveis (especialmente etanol) na América do Sul com base no know how conjunto dos dois países.
O presidente George W. Bush pretende substituir 20% da gasolina consumida nos EUA por biocombustíveis. Questionado se esse acordo implicaria a redução das barreiras ianques à importação de álcool brasileiro, ele procurou não polemizar com o Congresso americano, a quem compete a última palavra sobre o assunto.
Nos EUA, o etanol é feito da fermentação do milho e é muito menos produtivo que a cana-de-açúcar, a matéria-prima brasileira.
O subsecretário Burns lembrou que o biocombustível causa grande interesse por diversos motivos: “emite menos gases-estufa que a gasolina do petróleo, poderá reduzir a dependência norte-americana ao petróleo e ainda poderá levar à criação de uma entidade equivalente à Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) dos produtores de álcool etanol no continente americano.
Na região de Fernandópolis, a notícia entusiasmou os produtores do setor sucroalcooleiro e os empresários que trabalham na estruturação do Pólo Logístico de Água Vermelha, ou Porto Intermodal. “O futuro está na logística”, garantiu o empresário Carlos Lima, de Fernandópolis. “Quem não perceber essa tendência internacional vai ficar para trás”, concorda Andrelino Novazzi Neto, presidente da holding das empresas do Pólo.