O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira, 29, a existência de nove casos suspeitos de infecção pelo coronavírus no Brasil, mas sem confirmação de nenhum deles. Segundo o ministério, diariamente, haverá um boletim de atualização divulgado às 16h. Além dos casos já divulgados em Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS), estão sendo investigadas suspeitas no Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Santa Catarina.
No total, a pasta foi notificada de 33 casos. Mas apenas pacientes que apresentam sintomas como febre, tosse e dificuldade para respirar e têm histórico de viagem para a China nos últimos 14 dias, mesmo antes de apresentarem os possíveis sinais de infecção, são considerados suspeitos.
Os pacientes que estão sob investigação estão sendo monitorados e ficarão isolados até a divulgação do resultado dos exames. Outros quatro 4 casos foram descartados pelo governo.
Em meio ao alerta mundial sobre o coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro deve assinar decreto para recriar um grupo interministerial para tratar de emergências de saúde pública.
Segundo o secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, o documento será publicado no Diário Oficial da União nesta quinta-feira, 30. O grupo, criado em 2005 para acompanhar ações e medidas relativas a influenza pandêmica, foi extinto por meio de um decreto do presidente Bolsonaro. Na época que foi criado, 17 ministérios integravam o colegiado.
Na segunda, o Ministério da Saúde elevou a classificação de risco do Brasil para nível 2 (em uma escala até 3). O patamar significa "perigo iminente" da chegada do vírus. Mas, até o momento, não há nenhuma confirmação de coronavírus em território nacional.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, afirmou nesta quarta que não haverá bloqueio de brasileiros que retornem de viagem da China, epicentro da infecção do coronavírus.
A expectativa do governo é que haja redução do fluxo de viagens para o país asiático. "Esse número vai reduzir, pois a recomendação é que os brasileiros pensem três vezes antes de marcarem uma viagem para o país. Isso diminui o número de retornos", afirmou.
O governo também espera que haja menos chineses viajando para o Brasil nos próximos dias. Isso porque o governo chinês fez recomendações sobre viagens para o exterior para a população. "Temos a informação de que essa recomendação pode mudar de status e ter uma restrição maior por parte do país. Mas não é atribuição nossa e não haverá interferência nessa questão."