Meio Ambiente

Chuva ameniza onda de calor que manteve região acima dos 40°



Chuva ameniza onda de calor que manteve região acima dos 40°

Acredite. Depois de dez dias seguidos com temperatura acima dos 40 graus, o fernandopolense teve um refresco na madrugada desta sexta-feira, 9. Os trovões na madrugada anunciaram a chegada da chuva. Nada significativo, os 6,1 milímetros (cada milímetro equivale a um litro d´água por metro quadrado) registrados pela Estação do Ciiagro – Centro Integrado de Informações Agrometeorologicas –amenizam o calor, limpam a atmosfera e melhoram a umidade relativa do ar que andava na faixa de clima de deserto (entre 11 e 15%). 
A pancada de chuva da madrugada interrompe um ciclo de 10 dias com temperatura acima dos 40 graus na região, 5 graus acima da média para o período. A aproximação de nuvens de chuva pela região, já reduziu a temperatura nesta quinta-feira, 8, em pelo menos 3 graus na comparação com dias anteriores. A máxima chegou a 38,5° (veja quadro). 
A chuva desta sexta-feira, contudo, ameniza o calor, mas é insuficiente para por fim a estiagem que castiga a região há cerca de 100 dias. 
Os efeitos da estiagem, associada a baixa umidade relativa do ar e temperaturas elevadas, contribuíram para o aumento recorde de queimadas na região nos últimos meses. Afetou pastagens e reduziu a oferta de água em rios e represas. Algumas cidades da região precisaram adotar racionamento para evitar o colapso no abastecimento de água, casos de Rio Preto e Votuporanga. Fernandópolis não sofre este problema porque 100% da captação é de água subterrânea (aquífero Guarani).

Os sinais da prolongada estiagem estão no reservatório de Água Vermelha. Quem frequenta a orla do Rio Grande na região, já percebeu que o reservatório vem perdendo volume de armazenamento a cada dia. Na quinta-feira, de acordo com relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico, o volume útil estava em 15,44%, índice mais baixo dos últimos anos. 

ALERTA

A onda de calor intenso dos últimos dez dias levou o Inmet -Instituto Nacional de Meteorologia - emitir um alerta vermelho para a região noroeste com risco potencial, segundo a instituição, de morte por hipertermia. 
A hipertermia significa a elevação da temperatura corporal central acima de 40ºC, embora um aumento superior a 37ºC já cause sinais de desconforto. Essa condição pode ocorrer quando o corpo produz (no caso de febre) ou absorve mais calor do que consegue eliminar para o ambiente, o que pode levar a alterações no estado mental, comprometimento de órgãos e risco de morte. 
Os sintomas mais comuns são mudanças no estado mental, fadiga, náuseas, vômitos e perda de consciência. O recomendado é manter a hidratação constante das vias aéreas, ingerir bastante água, não ficar exposto ao sol no período mais crítico, entre 10 e 16 horas, além de evitar a prática de atividade física. 
A região deve continuar registrando calor intenso nos próximos dias, típico da primavera. As temperaturas devem oscilar entre 35° e 40°, mas já há previsão de chuvas para os próximos dias, o que contribui para melhorar a umidade relativa do ar. Nesta sexta-feira, o Inmet reduziu o alerta vermelho para alerta amarelo para a região.