Waldomiro, vida dedicada a Fernandópolis
Na madrugada de ontem, por volta de 1hora, Fernandópolis perdeu um de seus historiadores. Waldomiro Renesto, nasceu em 13 de novembro de 1922, em Itápolis-SP. Filho de Vicente Renesto e Ignez Rossi Renesto, tinha 84 anos e uma bonita história de vida, marcada pela filantropia.
Aos 14 anos começou a trabalhar num cartório de Borborema. Até os 70 quando se aposentou, esta foi a sua profissão.
Em 1952, mudou-se para Fernandópolis, num tempo que não havia se quer luz elétrica. Assumiu o 2º Cartório de Notas, após passagem pelo cartório de Macedônia.
Envolveu-se na vida da cidade nascente. Participou de praticamente todas as conquistas de Fernandópolis, especialmente na década de 70, quando foi vereador e presidente da Câmara.
Presidiu ainda o Parque Residencial São Vicente de Paulo, o Prodei e a Expo. Foi dirigente do Fernandópolis Futebol Clube, coordenou e presidiu a comissão que organizou a festa pelo Cinqüentenário de Fernandópolis, em 1989.
Atento aos fatos da cidade, Waldomiro Renesto sempre teve a perspectiva histórica dos acontecimentos. Dotado de prodigiosa memória, ele anotava as informações, colecionava documentos e fotos. Na década de 90, ao lado dos professores Rosinha de Souza, Áurea Azevedo e Amadeu Pessota, escreveu um livro sobre Fernandópolis, intitulado Nossa História - Nossa Gente.
Como vereador criou a Medalha 22 de Maio, que homenageia as pessoas que prestaram relevantes serviços à cidade. Foi um dos artífices da construção do Poção, que solucionou o problema de abastecimento de água em Fernandópolis. A biblioteca da Câmara Municipal tem o seu nome. Participou de tantas lutas que seria enfadonho enumerá-las. Nem é preciso: as pessoas com mais de 40 anos sabem muito bem o que representou Waldomiro Renesto para a cidade.
Waldomiro volta e meia reclamava que a cada dia que passava ficava mais sozinho, pois os amigos de se tempo estavam indo embora. Só que as pessoas que sabem trilhar os caminhos da caridade jamais ficam sozinhas. Deus não deixa. Certamente, agora, Waldomiro está em ótima companhia.
Ele deixa a esposa Wandalice, os filhos Beatriz e Vic e os netos Mônica, Roberta, Fernanda, Márcio e Vanessa.
(Parte do texto foi escrito pelo seu filho Vic, jornalista, advogado e editor-chefe do jornal CIDADÃO, na coluna Nossa Gente, de novembro de 2005, quando teve a felicidade de entrevistar o próprio pai).