Polícia

“Claudio não é um herói por ter morrido como um, mas por ter vivido como herói”, diz comandante



“Claudio não é um herói por ter morrido como um, mas por ter vivido como herói”, diz comandante

Terminou há pouco a cerimônia fúnebre do cabo da Polícia Militar de Fernandópolis, Claudio Florindo, que morreu ontem, 15, em decorrência de complicações do ferimento a bala que sofreu na sexta-feira, 11, em confronto com uma quadrilha de assaltantes que explodiu um caixa eletrônico no Shopping Center. O policial deixou mulher e duas filhas pequenas, uma de oito anos e outra de quatro meses. 
A solenidade foi realizada no cemitério da Consolação, sob às ordens do comandante geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Ricardo Gambaroni e do comandante do 16º Batalhão, tenente-coronel Antonio Umildevar Dutra Junior. 
Centenas de fernandopolenses e de militares de toda a região participaram da última homenagem a Cláudio, que teve início na Câmara Municipal de Fernandópolis, onde o corpo estava sendo velado, ganhou às ruas da cidade com o cortejo acompanhado por viaturas de todas as corporações, inclusive da Polícia Federal, além de carros e motos comuns e terminou com o toque do clarim e o jogar das rosas sobre o túmulo. 
 Não obstante os 21 disparos da salva de tiros, o ponto mais emocionante da cerimônia foi quando a bandeira do Brasil, que a todo momento estava sob o caixão de Cláudio, foi entregue a viúva dele, Lígia Canevassi, pelo comandante geral da PM Ricardo Gambaroni, marcando o seu encerramento. 
“Claudio não é um herói por ter morrido como um, mas por ter vivido como herói. Mas essa solenidade militar, com formalismo, é importante para deixar na memória, mesmo que as filhas não estejam presentes, a lembrança do herói que o pai delas foi. Essa memória vai estar gravada nos corações e na farda de cada um dos policiais militares que encontrarem em sua vida. Essa bandeira nada mais é do que uma recompensa material ínfima, que não traz de volta o familiar, mas mostra os elevados propósitos pelo qual ele viveu”, encerrou Gambaroni.