Saúde

Com a chegada do verão, vem o alerta: a região é segunda no estado em casos de câncer de pele



Com a chegada do verão, vem o alerta: a região é segunda no estado em casos de câncer de pele

O câncer de pele é o mais comum no Brasil, representando cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados. A campanha Dezembro Laranja vem reforçar as medidas de prevenção e cuidados para evitar o câncer de pele ou realizar o diagnóstico precoce. A chegada do verão reforça o alerta para o risco de exposição ao sol sem proteção.

A região noroeste é a segunda do Estado em número de casos, segundo dados do Ministério da Saúde. De janeiro a setembro deste ano, a região registrou 1.154 internações por câncer de pele.

Este é maior volume de hospitalizações realizadas no período nos últimos dez anos, conforme o Datasus, banco de dados do Ministério da Saúde, sobre atendimentos prestados no Sistema Único de Saúde para tratamento de neoplasias malignas e benignas da pele.

Em Fernandópolis, a unidade do Instituto de Prevenção do Hospital de Amor é a única de todo o complexo da Fundação Pio XII de Barretos que atua especificamente na prevenção e faz triagem através de fotos para acelerar o atendimento de quem realmente precisa. O trabalho foi implantado pelo médico Humberto Faleiros, que é cirurgião plástico e atende no ambulatório de prevenção ao câncer de pele, no Instituto de Prevenção em Fernandópolis. Quanto mais rápido o diagnóstico para um atendimento precoce cura em 100% e sequelas são mínimas.

O câncer de pele afeta mais frequentemente pessoas com pele clara, sistema imunológico debilitado e exposição à radiação.

“Tem uma classificação da pele, da resistência da pele a exposição solar. Então aquela pessoa de pele muito clara que fica exposta ao sol e não bronzeia, fica apenas vermelha, essa pessoa precisa tomar cuidado. Aquela que toma sol e demora para bronzear, também já é mais suscetível. Aquela que toma sol e bronzeia rápido já se protege mais. O negro, por exemplo, não tem esse tipo de tumor não melanoma, por que ele tem muita melanina que é o pigmento que faz a gente bronzear, que é o nosso filtro solar natural”, explicou o médico em entrevista em dezembro de 2023 à Rádio Difusora FM e CIDADÃOnet.

O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele e que se dispõem formando camadas. São três os tipos mais comuns dessa doença, divididos de acordo com as camadas afetadas da pele.

É mais prevalente em pessoas com mais de 60 anos e é considerado raro em crianças e pessoas negras.

O câncer de pele ocorre quando as células se multiplicam sem controle e pode ser classificado de duas formas:

- Câncer de pele melanoma: tem origem nas células produtoras da melanina, substância que determina a cor da pele, e é mais frequente em adultos brancos;

- Câncer de pele não melanoma: mais frequente no Brasil, responsável por 30% de todos os casos de tumores malignos registrados no País.

O câncer de pele melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Em pessoas de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés. Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil e corresponda a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, o melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão.

É o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos). O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom se detectado em sua fase inicial. 

Nos últimos anos, houve grande melhora na sobrevida dos pacientes com melanoma, principalmente devido à detecção precoce do tumor e à introdução dos novos medicamentos imunoterápicos.

O câncer de pele não melanoma, mais comum no Brasil, tem alta chance de cura, desde que seja detectado e tratado precocemente. Entre os tumores de pele, o não melanoma é o mais frequente e de menor mortalidade, mas pode deixar mutilações bastante expressivas se não for tratado adequadamente.

Os principais fatores de risco para o câncer de pele não melanoma são:

Pessoas de pele clara, olhos claros, albinos ou sensíveis à ação dos raios solares;

- Pessoas com história pessoal ou familiar deste câncer;

- Pessoas com doenças cutâneas prévias;

- Pessoas que trabalham sob exposição direta ao sol;

- Exposição prolongada e repetida ao sol;

- Exposição a câmeras de bronzeamento artificial.

Os principais sintomas do câncer de pele são:

- Manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que sangram;

- Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor;

- Feridas que não cicatrizam em 4 semanas.

O câncer de pele ocorre principalmente nas áreas do corpo que são mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas. Se não tratado adequadamente, pode destruir essas estruturas. Assim que perceber qualquer sintoma ou sinal, procure o mais rapidamente o profissional de saúde especialista para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento. 

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que o Brasil tem 704 mil casos novos de câncer de pele por ano, sendo 220 mil de câncer não melanoma e 8,9 mil casos de melanoma.

Os dados são alarmantes e reforçam a importância dos exames preventivos – iniciativa que é reforçada pela campanha Dezembro Laranja, realizada em todo o País. (Com informações do Diário da Região, Ministério da Saúde e INCA)