Geral

Com celular vilão, multas caem 14,8% no primeiro semestre em Fernandópolis



Com celular vilão, multas caem 14,8% no primeiro semestre em Fernandópolis

De cada dez multas aplicadas por infrações no trânsito em Fernandópolis, mais da metade tem o celular ou uso de fones de ouvido conectados a aparelhagem sonora ou de telefone celular como vilões. Os dados foram fornecidos pela Semutran– Secretaria Municipal de Trânsito – a pedido de CIDADÃO.
A uma semana da comemoração do Dia do Motorista (25 de julho) essa infração é a vilã para os motoristas que insistem na prática perigosa da direção e manuseio do celular.  A multa para quem comete a infração é salgada (R$ 293,47) e sete pontos na CNH, por ser gravíssima. Essa infração ainda pode ser combinada com outro tipo: com o celular na mão o motorista pode ser multado pela condução de veículo sem as duas mãos ao volante, com valor de R$ 130,16 e que rende mais cinco pontos na carteira de habilitação.
Em Fernandópolis, 35,5% das multas aplicadas de 1º de janeiro a 30 de junho foram por esse tipo de infração. No total foram 637 motoristas flagrados dirigindo o veículo e manuseando o celular. Outros 300 flagrados com fone de ouvido (16,7%). Juntas, as duas infrações somam 937, ou seja, 52,2% do total de multas lavradas este ano, de janeiro a junho. No mesmo período do ano passado foram 1.155 multas, queda de 18,8%.
O Detran.SP fez um levantamento das infrações registradas no Estado de São Paulo entre 2017 e 2020, apontando que 7,5% das multas foram pelo uso do celular ao volante. Vale lembrar que, de acordo com a OMS - Organização Mundial da Saúde -, o uso do celular aumenta em 400% o risco de acidentes, além de Em 2020, o uso do celular ao volante foi responsável por 66 mil multas registradas no Estado.
“É preciso que os motoristas entendam que, assim como a bebida alcoólica, o telefone móvel não combina com direção. Um trânsito mais seguro depende do engajamento de todos”, afirma Ernesto Mascellani Neto, diretor-presidente do Detran.SP.
Normalmente, um condutor demora cerca de 2,5 segundos para começar a frear diante de um imprevisto na rodovia, quando o veículo está a velocidades entre 80 e 100km/h. Se o motorista está na cidade, o tempo de reação é menor: 0,75 segundos. Em contrapartida, para digitar dois algarismos no celular, o motorista demora 2 segundos. Assim, geralmente, quando percebem o imprevisto, não há mais tempo para frear, alerta o Detran.
A segunda infração que mais gerou multa é a direção utilizando fones de ouvido. Foram 300 multas, queda de 5% na comparação com o mesmo período de 2020 (316 infrações). No bolso ela custa R$ 130,16 e quatro pontos na carteira. Estacionar em desacordo com sinalização, registrou alta de 100% neste último semestre, comparado com o ano passado. Pulou de 48 para 96.
OUTRAS INFRAÇÕES
Outras infrações, como avançar o sinal vermelho, registram aumento. Neste caso, 15%. Passou de 114 em 2020 para 132 nos primeiros seis meses deste ano. Transitar na contramão também registrou aumento de 15%. Passou de 45 em 2020 para 65 este ano. Usar equipamento de som em volume e frequência não autorizados pelo Detran gerou 50 multas este ano contra 39 no ano passado, elevação de 8%.
As demais infrações apresentaram queda. Estacionar no passeio, faixa de pedestre ou ciclovia registrou queda de 47%, de 223 infrações no ano passado para 116 este ano. Executar operação de retorno em local proibido, estacionar em locais e horários proibidos pela sinalização, registram queda respectivamente de 26% e 20%.
As multas aplicadas no âmbito municipal através de convênio com a Polícia Militar são relativas ao comportamento no trânsito, como estacionamento irregular, uso de celular, falta de cinto de segurança, avanço de sinal vermelho, excesso de velocidade, entre outros.
O Detran também aplica multas por infrações, mas relativas a licenciamento anual do veículo e Carteira Nacional de Habilitação, condições do veículo, embriaguez ao volante, entre outras.