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Com mais de 150 serviços públicos digitalizados, Governo pretende acabar com filas e economizar



Com mais de 150 serviços públicos digitalizados, Governo pretende acabar com filas e economizar
Foto: Marcelo Casal Jr.

O governo federal já digitalizou 156 serviços públicos nos últimos três meses. A medida visa reduzir aglomerações durante a pandemia do coronavírus. Desse total, 58 serviços foram ativados em março, 45 em abril e 53 em maio. Com a digitalização dos serviços oferecidos, é possível que o contribuinte execute os processos e faça pagamentos sem sair de casa.

Segundo a Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia que coordena o processo, a digitalização resulta em economia de R$ 2,2 bilhões por ano com a redução de custos e com o aumento de eficiência dos servidores públicos. A iniciativa elevou para 729 o número de serviços públicos digitalizados desde janeiro de 2019.

De acordo com a Estratégia de Governo Digital, documento publicado em abril deste ano, o governo federal pretende alcançar os 100% de digitalização até o fim de 2022 e economizar R$ 38 bilhões entre 2020 e 2025. A economia decorre da eliminação do papel, da redução da burocracia, da redução de erros e de fraudes e da menor necessidade de locação de estruturas, de manutenção de logística e de contratação de pessoal para atendimento presencial.

O governo transformou em digitais 46 serviços da Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária - muitos dos quais considerados prioritários no combate à pandemia. Com 107,2 milhões de pedidos cadastrados e 101,9 milhões de pedidos processados até a última sexta-feira, 5, o cadastro para o auxílio emergencial representa outro exemplo de digitalização, com o processo feito inteiramente pelo celular ou pelo site auxilio.caixa.gov.br.

Em relação aos servidores públicos, o Ministério da Economia considera a digitalização bem-sucedida por deslocar funcionários de tarefas operacionais para atividades especializadas, otimizando o trabalho. No caso do seguro-desemprego do trabalhador doméstico, digitalizado durante a pandemia, o serviço exigia 7,3 mil trabalhadores. Com o atendimento virtual, apenas 630 profissionais passaram a ser necessários, o equivalente a 8,5% do total anterior. A Secretaria de Governo Digital estima que a economia anual com o seguro-desemprego para domésticos chegará a R$ 357,9 milhões. Atualmente, o serviço é demandado por 280 mil trabalhadores por ano.