Saúde

Com quase mil casos, dengue é mais um desafio para a Saúde



Com quase mil casos, dengue é mais um desafio para a Saúde

Um filme que se repete, mas que apesar das reprises, os erros primordiais permanecem ignorados, sobretudo, pela população, que nesse caso é a própria vítima.

Esta semana, por exemplo, o Ministério da Saúde lançou na terça-feira, 24, mais uma Campanha de Combate ao Mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, doenças que podem gerar outras como a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré.

De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, de janeiro até setembro deste ano, foram notificados 928.282 casos prováveis, o que representa uma taxa de incidência de 441,7 casos por 100 mil habitantes, na média nacional. Números que refletem também a realidade das cidades de pequeno e médio portes, mesmo quando consideradas em individualmente.

Em Fernandópolis, por exemplo, até na quarta-feira, 25, os números da Vigilância Epidemiológica do município indicam que já haviam sido registradas 1.190 notificações das quais, 972 tiveram resultado positivo, 206 casos descartados, 12 casos que ainda estão pendentes e dois óbitos.

Já em 2019, o número de notificações representa quase o triplo do que foi registrado neste ano. Foram 4.719 notificações, das quais 4.611 testaram positivo, 108 descartadas e dois óbitos. Tendo em vista que todo o esforço dos profissionais da saúde é para salvar vidas, pode-se dizer que mesmo com índices bem inferiores, o balanço pode ser considerado negativo haja em vista os dois óbitos registrados neste ano.

Na estratégia de combate do mosquito, a equipe da Vigilância Epidemiológica tem realizado bloqueios nas regiões da cidade onde há casos suspeitos da doença, por meio da intensificação das visitas, eliminação dos criadouros e orientações para os moradores.

Para a Vigilância, a população deve agir de forma efetiva, eliminando recipientes que sirvam de criadouro para o mosquito e que geralmente estão dentro das casas.

Dentre as medidas que podem ser tomadas, estão os cuidados com a caixa d’água que deve estar sempre limpa e bem fechada; não deixar a água da chuva acumulada sobre lajes e calhas, que devem ser limpas periodicamente; manter todos os utensílios que podem segurar água, como garrafas e pneus, limpos e bem fechados, ou guardados com a boca para baixo; limpar os ralos com frequência ou jogar desinfetante para impedir que a possível água acumulada se torne um criadouro em potencial; trocar sempre a água do bebedouro dos animais, lavar o recipiente; colocar areia nos pratos dos vasos de plantas e; trocar a água dos vasos de plantas aquáticas.

Vale destacar que os sintomas das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti podem ser confundidos com outras mais comuns, como gripes e resfriados. Por isso, o Ministério da Saúde ressalta sobre a importância estar em alerta constante e, em caso de sintomas, procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.

Outra preocupação que é levada em consideração pela Vigilância Epidemiológica está relacionada ao período chuvoso que contribui para a proliferação do mosquito que se reproduz em água limpa e parada. É também período durante o qual a população deve redobrar as medidas de eliminação dos criadouros do mosquito transmissor da Dengue.