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Com seca histórica, conta de luz fica mais cara a partir de amanhã



Com seca histórica, conta de luz fica mais cara a partir de amanhã

O reservatório da Usina Hidrelétrica de Água Vermelha, em Ouroeste, amanheceu nesta segunda-feira com 9,18% do volume útil. O retrato se espalha pelos reservatórios das usinas do sistema Sudeste e Centro-Oeste que respondem por mais da metade da capacidade de geração do país. O reflexo da pior seca em 91 anos, levou a Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica acionar o patamar 2 da bandeira tarifária, o mais caro do sistema. A medida passa a valer a partir de amanhã, 1º de junho.

Isso significa que será cobrado nas contas de luz de todos os consumidores do país um valor adicional de R$ 6,24 para cada 100 kWh de energia consumidos. É a primeira vez neste ano que a agência aciona a bandeira vermelha nível 2. Durante o mês de maio, vigorou a bandeira vermelha 1, que aplica cobrança adicional de R$ 4,16 para cada 100 kWh consumidos.

Quando o nível dos reservatórios está baixo, o governo aciona mais usinas termelétricas, que geram energia a partir da queima de combustíveis, como carvão e diesel.

Ao acionar mais termelétricas, o governo reduz a geração hidrelétrica e poupa água dos reservatórios. Entretanto, a energia produzida pelas térmicas é mais poluente e cara, o que se reflete em aumento nas contas de luz.

A cobrança adicional da bandeira tarifária, criada em 2015, serve justamente para levantar recursos que vão pagar pelo custo mais alto de produção de energia.

O governo emitiu alerta de emergência hídrica na região da Bacia do Paraná, que abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

O alerta foi emitido devido ao período de escassez de chuva que essas regiões vão enfrentar de junho a setembro.