Economia

Comerciantes impulsionam vendas por meio dos “stories e status” das redes sociais



Comerciantes impulsionam vendas por meio dos “stories e status” das redes sociais

O potencial de venda da internet já é uma realidade mesmo em cidades de pequeno porte como Fernandópolis, Jales e Votuporanga. Divulgação de produtos e a venda destes tem se tornado cada vez mais comuns entre comerciantes e usuários de quase todas redes sociais.

Se até pouco tempo predominava os anúncios nos grupos do Facebook e do WhatsApp, agora a bola da vez são os “stories” e os “status” – posts publicados no perfil do usuário no Facebook, Instagram e WhatsApp que expiram 24 horas depois da publicação. Por meio deles, os membros de um grupo, seguidores de uma página ou no perfil de um contato adicionado é possível divulgar cardápios, catálogos e até promoções relâmpagos.

As mulheres, espertas como sempre, logo perceberam o potencial e a eficiência na hora de divulgar nestes nobres espaços em suas redes sociais. Um exemplo dessas é a auxiliar de cozinha Neide Rocha da Silva, 39, que ficou desempregada no início da pandemia, no final do mês de março. Para não ficar sem renda, começou fazendo marmitas em casa e atendia apenas encomendas.

“Sempre tive o sonho de ter meu próprio restaurante. Quando fiquei desempregada, comecei fazendo marmitas. Depois encontrei um trabalho a noite e até agora continuo fazendo os dois serviços”, disse Neide.

A auxiliar de cozinha que é mãe de dois filhos, voltou ao mercado de trabalho numa área totalmente paralela, para não ficar sem renda. Hoje, mesmo sete meses após o início da pandemia, ela continua trabalhando com as marmitas sob encomenda e como cuidadora.

“Eu já usava os “stories” e o “status” do WhatsApp para divulgar as marmitas, mas recentemente comecei a vender roupas e tem gerado um retorno muito bom. E a roupa é até mais lucrativa porque o lucro pode chegar a 200% numa peça”, acrescentou.

A padaria Pão de Mel fornece refeições e marmitas na hora do almoço. A proprietária cadastrou os clientes na agenda de contatos e agora envia diariamente o cardápio do dia para todos eles. Um processo rápido, simples e muito eficiente.

A estratégia se repete nas pizzarias, lanchonetes, sorveterias, restaurantes, lojas de confecção e até pet shops de Fernandópolis. Conectados quase 24h por dia, os usuários rapidamente entram em contato com os anunciantes e pelo próprio aplicativo de mensagens já fazem o pedido para receber no endereço que desejar. E com essa facilidade e interatividade, pequenos comerciantes inovam e faturam investindo mais criatividade do que dinheiro como era nos moldes tradicionais.

Panorama

Em 2019, por exemplo, 78% das empresas brasileiras já tinham presença nas redes sociais e 58% faziam vendas pela web, conforme levantamento do Cetic - Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação.

A pesquisa do Cetic, realizada com mais de 7 mil empresas de todo o país, também mostrou que 54% dos empreendimentos tinham site próprio, enquanto o uso do WhatsApp e do Telegram havia saltado de 42%, em 2017, para 54% em 2019.

É verdade que nem todas as empresas obtêm êxito nas redes sociais. E os motivos para tanto são vários, inclusive a escolha da rede social mais adequada para o negócio. O Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas elaborou um guia com dicas para auxiliar os pequenos negócios nesse processo.