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Conselho Tutelar realizará eleição no próximo sábado



Conselho Tutelar realizará eleição no próximo sábado
Em reunião realizada na última terça-feira, dia 4, foram apresentados os candidatos ao cargo de conselheiro tutelar para os eleitores. Ao todo foram inscritos e aprovados pela Promotoria Pública doze candidatos.

Segundo Antonio Carlos de Menezes França, presidente do CMDCA - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, “para ser um conselheiro tutelar, os requisitos básicos são: idoneidade moral, experiência de no mínimo dois anos com crianças e adolescentes, disponibilidade de tempo (já que é remunerado) e precisa estar com a ‘ficha limpa’ nas esferas municipal, estadual e federal”.

A eleição será realizada no dia 15 de dezembro, na Câmara Municipal de Fernandópolis, das 8h00 às 11h00.

Todas as entidades que trabalham com crianças e adolescentes e que estejam cadastradas no CMDCA têm direito a voto. Cada entidade escolhe dez membros de sua diretoria para votar nos candidatos, o que gerará 150 votos, caso não haja nenhuma abstenção. Cada eleitor votará em cinco dos doze candidatos. Os cinco conselheiros mais votados serão os titulares e os cinco menos votados serão os suplentes.

Todos os atuais conselheiros estão disputando a reeleição, que é de três anos. A conselheira Juliana Evangelista da Silva afirma que é um trabalho cansativo, onde há desgaste físico e mental, porém é muito recompensador. Segundo ela, é gratificante quando se consegue trabalhar em conjunto com os pais, escolas, órgãos municipais que dão assistência e com isso conseguir mudar o destino de um adolescente que está indo para um mau caminho ou dos pais que muitas vezes são negligentes.

A conselheira atribui o sucesso das ações do Conselho Tutelar de Fernandópolis ao trabalho em equipe com o Poder Judiciário, Ministério Público, Prefeitura, Polícias Militar e Civil e aos órgãos que dão apoio social e psicológico às crianças e aos adolescentes.

Com sua experiência, Juliana dá algumas dicas aos candidatos que disputam cargo de conselheiro: “Primeiro, para quem estiver pensando que vai trabalhar e quando der o horário vai pegar sua bolsa e ir embora, pode esquecer... tem que ter disponibilidade e vontade. Porque tem muitos casos em que nós trabalhamos até três meses tentando conseguir solucionar o problema. Outro fator também é o salário, que não é dos mais altos, além do que, os conselheiros, por lei, não possuem direitos trabalhistas, como férias e fundo de garantia. Mas para quem gosta do que está fazendo, é um trabalho que vicia. Eu mesma sou apaixonada pelo que faço”.

O horário de trabalho de um conselheiro é das 7h30 às 17h30, “mas nem sempre é assim, porque tem o plantão noturno, festas, eventos e quando solicitados, precisamos comparecer”, explicou Juliana.

Elisabete Maria Moro Viana, presidente do Orfanato Nosso Lar de Fernandópolis, esclareceu que o Conselho Tutelar é uma peça muito importante para o andamento do Orfanato, porque “nós recebemos as denúncias e passamos para os conselheiros, que verificam e tentam ajudar os pais, mas quando eles vêem realmente que os pais não possuem condições de criar seu filho, eles podem encaminhar a criança ao Orfanato e depois comunicar o Poder Judiciário. A equipe atual de conselheiros é altamente eficiente, cada um deles sabe da importância de seu cargo e não mede esforços quando o assunto é trabalho. Eles também acompanham o Poder Judiciário e as polícias quando são realizadas as blitze na cidade. O Conselho Tutelar é fundamental para a organização de uma cidade”, disse Elizabete.