O consumo dos fernandopolenses este ano deve atingir quase R$ 3 bilhões aponta pesquisa IPC Maps 2023, especializada há quase 30 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, de acordo com fontes oficiais.
Na comparação com o IPC de 2022, o crescimento real é negativo, menos 1,6% no potencial de consumo o que influi na participação de Fernandópolis no cenário brasileiro caindo de 0,04428% em 2022 para 0,04356% este ano. Isso significa, diz Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pelo estudo, menos R$ 48,2 milhões no bolso dos fernandopolenses em 2023. Afeta também a posição da cidade no ranking nacional: sai da 345ª no passado para a 349ª este ano. No ranking estadual permanece em 100º lugar.
O IPC Maps - Índice de Potencial de Consumo dos municípios brasileiros -, liberado nesta semana pela IPC Marketing Editora, mostra uma movimentação no potencial de consumo por classe. “Na análise de domicílios urbanos por classe econômica, houve crescimento apenas na classe B. As classes A, C e D/E perderam domicílios. Portanto tivemos tanto deslocamento de domicílios da classe A para a classe B (negativo) e positivo, das classes C e D/E para a classe B”, avaliou Pazzini.
Tomando por base o número de domicílios, a movimentação mais significativa ocorreu nas classes D/E. O número de domicílios nesta categoria caiu de 5.098 em 2022 para 4.641, redução de dois pontos percentuais. Nas classes A, a queda foi de 0,3 (de 585 para 505) e na C de 0,8 (13.559 para 13.447). A maior concentração de domicílios está na classe C que representa 53,1% de todos os domicílios da cidade e na classe B que soma 26,6%.
Embora detenha apenas um terço do potencial de consumo, é a classe B que movimentará maior volume de recursos algo em torno de R$ 1,3 bilhão o que representa 47% do total do potencial de consumo. A classe C com o dobro de domicílios, vai movimentar R$ 988 milhões, enquanto a classe A, R$ 318,7 milhões e classe D/E, R$ 185,7 milhões. O consumo urbano previsto é de R$ 2,8 bilhões e o rural de R$ 81,3 milhões.
Já, quanto aos hábitos de consumo, esta edição da IPC Maps confirma a elevada despesa dos fernandopolenses com habitação com R$ 802 milhões, seguido por veículos com R$ 315 milhões. Em terceiro lugar aparece alimentação em domicilio com R$ 240 milhões. O consumo percapta dos fernandopolenses para este ano está estimado em R$ 33,2 mil.
A população de idosos continuará crescendo. Na faixa etária economicamente ativa, de 18 a 59 anos, essa margem está praticamente em 40,8 mil, o que representa 58% do total da população, sendo mulheres em sua maioria. Perdendo espaço, estão os jovens e adolescentes entre 10 e 17 anos, que somam 5,9 mil.
Quando se olha o IPC de empresas, o desempenho de Fernandópolis segue o padrão do Brasil, diz Pazzini, com aumento na quantidade de estabelecimentos dos setores de Indústria, Serviços e Agribusiness e Comércio. “O destaque fica para o setor de Serviços, que apresentou 235 novas empresas entre 2022 e 2023, seguido pelo setor de Agribusiness, com crescimento de 65 novas unidades”, analisou.
Com base na atual expectativa de alta do PIB em apenas 1,2%, as famílias brasileiras deverão gastar cerca de R$ 6,7 trilhões ao longo deste ano, o que representa um aumento real de 1,5% em relação a 2022.