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CORAÇÃO SAUDÁVEL: 30 MINUTOS QUE FAZEM A DIFERENÇA



Ao contrário de um antigo tabu que era contra a realização de atividade física por cardiopatas, a nova ordem agora é ter uma vida ativa. "Atualmente, estudos demonstram o papel benéfico da atividade
física regular tanto na prevenção como no tratamento da doença
cardiovascular, doença coronariana, hipertensão arterial, AVC
(Acidente Vascular Cerebral) ou derrame, doença vascular periférica,
obesidade, síndrome metabólica, dentre outras", afirma o cardiologista do Incor Rio Preto Carlos Roberto Lesse.

Cada vez mais as pessoas estão ficando sedentárias e pacatas para
realizar exercícios do cotidiano. Na teoria muitas pessoas sabem que
a atividade física pode trazer benefícios para a saúde e o bem-estar
do indivíduo, mas praticá-la é uma outra história. Existe uma solução simples para quem não pretende entrar em uma academia. "Marcar
um horário do dia para o exercício pelo menos 30 minutos, três vezes por semana, é o mais eficaz. Porém, deixar o carro num estacionamento
mais distante, usar as escadas em vez do elevador, fazer serviços
gerais a pé, passear com o cachorro ou, até mesmo, brincar é uma dica para sair do sedentarismo.", aconselha Lesse.

Para quem pensa que se exercitar por trinta minutos seguidos é melhor
do que se movimentar três vezes ao dia durante 10 minutos está
completamente enganado. "A ciência provou que, se o total da soma das
frações de tempo em atividade ao longo do dia corresponder, no mínimo,
a trinta minutos, os benefícios que a vida ativa proporciona estarão
garantidos", explica o cardiologista. "A realização de atividades
físicas produzem uma série de adaptações morfológicas e funcionais em
nível osteomuscular, pulmonar, imunológico, endócrino, neurológico e
cardiovascular".


Exercício e seu coração

As pessoas com problemas no coração têm outros benefícios ao optar por
uma vida ativa. "A prática regular de exercícios controla a pressão
arterial e o ritmo cardíaco, aumenta a capacidade do coração ao
esforço, melhora a angina de esforço, diminui o estresse emocional,
aumenta a resistência orgânica, melhora a falta de ar, ajuda no
controle do colesterol e da diabetes", ressalta Lesse.

Um cardiopata deve decidir junto com seu médico os exercícios mais
apropriados. A modalidade, a freqüência e a intensidade das atividades
são alguns fatores devem ser levados em conta antes de tomar a decisão
de sair do sedentarismo e partir para uma vida ativa. "Os cuidados
básico são de fundamental importância: avaliação cardiológica
periódica, uso regular da medicação, alimentação e hidratação
corretas", explica Lesse. O cardiologista do Incor alerta que se for
observado qualquer aparecimento de algum sintoma, a interrupção do
exercício deve ser automática e o médico comunicado.