Saúde

Covid-19 contribuiu para o aumento da mortalidade em 2020, diz Seade



Covid-19 contribuiu para o aumento da mortalidade em 2020, diz Seade

Estudo da Fundação Seade divulgado nesta semana mostrou que a taxa de mortalidade da população com idade acima de 60 anos aumentou em Fernandópolis e região em 2020, por causa  da pandemia da Covid-19. A taxa passou de 36,9 em 2019 para 38,9 óbitos por mil habitantes entre os idosos em Fernandópolis, apontou estudo. 
Na região, essa taxa que era de 35,4 mortes por grupo de mil habitantes em 2019 subiu para 40,5 no ano passado.
A pandemia rompeu com uma tendência populacional que se estendia por mais de 20 anos, de acordo com a Fundação Seade. De 2000 a 2019, a mortalidade caiu em todas as faixas etárias; entre 2019 e 2020, cresceu nas idades acima de 14 anos. “A ruptura na tendência decrescente ocorreu em virtude da pandemia, que atingiu com mais intensidade adultos e idosos”, considera a Fundação Seade.
De acordo com o estudo da Fundação Seade, Fernandópolis registrou em 2020, 663 óbitos no geral. Em 2019, o total de óbitos foi de 603. De acordo com boletins epidemiológicos da Prefeitura, em 2020, a Covid-19 foi a causa 71 óbitos registrados na cidade, o que justifica a elevação da taxa de um ano para outro.
Por faixa etária, o maior crescimento foi registrado acima dos 60 anos, onde foram registrados 533 óbitos em 2020, contra 492 em 2019 e 308 em 2018. Na faixa entre 45 a 59 anos, foram 77 óbitos em 2020 e 67 em 2019. 
No Estado, as taxas de mortalidade da população idosa masculina superam sistematicamente as femininas: em 2000 correspondiam a 47,2 óbitos por mil homens e 34,5 por mil mulheres, diminuindo para 38,5 e 29,6 por mil, em 2019. Já em 2020, tais taxas cresceram em decorrência da pandemia, passando para 43,6 e 32,1 por mil homens e mulheres, respectivamente. Vale ressaltar que a mortalidade masculina era 37% mais elevada do que a feminina em 2000, diferença que se reduziu para 30% em 2019 e aumentou para 36% em 2020.
Em 2020, as taxas mais elevadas foram verificadas na Região Metropolitana da Baixada Santista (42,5 por mil) e nas regiões de São José do Rio Preto (40,5 por mil), Barretos (39,6 por mil), Registro (39,5 por mil) e Itapeva (39,2 por mil), enquanto as menores ocorreram nas regiões de São José dos Campos (34,5 por mil) e Campinas (34,9 por mil). A Região Metropolitana de São Paulo, que exibia a menor taxa de mortalidade em 2019 (32,3 por mil), passou para a oitava posição relativa em 2020 (37,2 por mil).