Crescimento das vendas em dezembro “salva” mercado de imóvel usado na região

O crescimento de 54,43% registrado em dezembro “salvou” o mercado de imóveis usados da região noroeste de fechar no vermelho o saldo de vendas acumulado de agosto a dezembro do ano passado, período em que o CreciSP - Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo - iniciou as pesquisas mensais de apuração de preços de venda e de locação residencial.
A pesquisa foi feita nas cidades de Fernandópolis, Bady Bassit, Barretos, Bebedouro, Catanduva, Jaci, José Bonifácio, Mirassol, Olímpia, Paraíso, São José do Rio Preto, Tanabi, Taquaritinga, Urupês e Votuporanga.
Em recente entrevista ao programa Rotativa no Ar da Rádio Difusora FM o presidente do CresciSP, José Augusto Viana Neto, já orientava quem deseja investir em imóveis que procure a assessoria especializada de um corretor credenciado para evitar problemas futuros. Segundo ele, a negociação imobiliária é cheia de detalhes que só um especialista tem competência para conduzir. 
O saldo de vendas acumulado estava negativo em 19,35% até novembro devido às quedas ocorridas no próprio mês de novembro (- 9,93%), em outubro (- 13,29%) e em agosto (- 27,83%). Além de dezembro, a pesquisa CreciSP apurou um crescimento de 31,70% nas vendas em setembro frente a outubro.
“A liberação de operações de financiamento que estavam represadas e rendimentos extras que entraram na conta das famílias, como 13º salário, 1/3 das férias e bônus de desempenho, certamente contribuíram para o bom desempenho das vendas no final do ano”, afirma Neto, presidente do CreciSP.
Esses rendimentos extras, além da eventual retirada de recursos que estavam imobilizados em aplicações financeiras, “ajudam a explicar o porquê de a maioria das vendas em dezembro ter sido feita ou com pagamento à vista ou de forma parcelada diretamente aos donos dos imóveis”, justifica Viana Neto.
O CreciSP apurou que as 63 imobiliárias de Rio Preto e de outras 14 cidades que responderam à pesquisa informaram que os pagamentos feitos à vista responderam por 31,67% das vendas e os parcelados pelos proprietários por 30%. Aos financiamentos dos bancos couberam os 38,33% restantes.
As vendas em dezembro nas 15 cidades da região pesquisadas ficaram concentradas mais em casas (76,19% do total) do que em apartamentos (23,81%) com preços médios de até R$ 400 mil. Imóveis com esses valores somaram 67,64% dos negócios fechados no mês.
Na edição do CIDADÃO de sábado, 12, donos de imobiliárias de Fernandópolis apontavam que, enquanto o setor de locação apresentava reação desde o final do ano passado por conta da retomada das aulas presenciais nas faculdades, especialmente no curso de Medicina, o de vendas ainda patinava. A pesquisa do Cresci captou essa reação do segmento de locação na região. O crescimento foi 8,12% em dezembro comparado a novembro.