O empresário de raízes fernandopolenses Walter Faria esteve na berlinda da chamada grande imprensa nesta semana. A revista Veja, edição de 16 de maio, em sua coluna Radar, registrou O salto da Petrópolis, noticiando que a cervejaria de Faria perpetrou uma mudança histórica no agitado mercado de cervejas brasileiro, ao ultrapassar a poderosa Femsa, dona das marcas Kaiser e Sol. Agora, a mexicana tem 8% do mercado total, contra 8,1% da brasileira. A Petrópolis é controlada por Walter Faria, ex-Schincariol e tão avesso aos holofotes quanto um zumbi. Cerca de 90% da produção da Petrópolis é comercializada por uma off-shore com sede no Uruguai, denominada Praiamar.
No mesmo dia 16, o empresário aparecia sorridente, empunhando uma lata de Crystal, numa matéria do caderno de Economia do jornal O Estado de São Paulo, cujo título reproduzia um vaticínio de Faria: A Petrópolis vai dobrar de tamanho.
No corpo da matéria, a repórter Marili Ribeiro conta a origem humilde de Faria: Nascido em uma família pobre em Fernandópolis (SP), Faria começou a vida como mascate. (...) No final da década de 80 o empresário montou uma usina de beneficiamento de algodão e permaneceu no ramo até 1990, quando se tornou distribuidor da Schincariol (...).
Na entrevista, o empresário negou qualquer ligação com sonegação de impostos, criticou a Ambev a maior do mercado, com 67,2% - pelo favorecimento que receberia em incentivos fiscais e afirmou que ele incomoda porque tem crescido muito. Eu gero emprego. Não tenho tempo para ficar falando mal de ninguém. Eu trabalho, sapecou Faria.