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Crise econômica afeta setor de telefonia fixa, internet e TV paga em Fernandópolis



Crise econômica afeta setor de telefonia  fixa, internet e TV paga em Fernandópolis

A crise econômica que se alastra por todo o Brasil e agravada pela pandemia do novo coronavírus tem forçado a mudança nos hábitos de consumo das famílias. Um deles, está relacionado a telefonia fixa e móvel, internet e TV por assinatura. A queda registrada nos últimos 12 meses reflete tanto no cenário nacional quanto no local.
Em janeiro de 2019, por exemplo, 228,3 milhões de linhas de telefonia móvel estavam ativa. No comparativo com janeiro de 2020, esse número caiu para 226,7 milhões. A queda se repete em proporções ainda mais acentuadas no comparativo para abril de 2019 e de 2020. São 228,3 e 225,6 respectivamente. 
Já no segmento de TV por Assinatura, apesar do aumento registrado em abril de 2019, no comparativo com abril de 2020 o total de assinaturas cai de 17,1 para 15,3 milhões. Tendência também registrada no segmento de telefonia fixa que passou de 37,1 para 32,2 milhões de linhas ativas entre janeiro de 2019 e abril de 2020.

Em Fernandópolis, o cenário apresenta algumas pequenas variações como o encolhimento de alguns segmentos e demanda acentuada por outros. Pelas variações, é possível apontar a migração em massa de usuários de serviços de banda larga fixa (internet fibra ótica) para telefonia móvel (internet 3G e 4G). Note que, enquanto a telefonia fixa perdeu 4.577 assinaturas, a móvel somou 4.185 novas assinaturas (veja quadros).
De acordo com a Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações -, Fernandópolis registrou em abril 10.249 usuários de internet banda larga fixa. Mas, esse número era 14.826 em janeiro, queda de 30%. Detalhe: a internet por fibra ótica na cidade é dominada por empresas de pequeno porte, na comparação com a gigante Vivo. 
Essa queda ocorre no momento que os estudantes, por conta da pandemia do coronavírus, estão tendo aulas online. A maior parte dos estudantes acompanha as teleaulas pelo celular, já que o governo, em acordo com as empresas, liberou da cobrança os estudantes que acessarem pelo aplicativo.
E é a telefonia móvel que registrou aumento de 6,4% no mesmo período, passando de 65.084 linhas em janeiro para 69.269 linhas em abril. Esse número de celulares em Fernandópolis já é maior que a população estimada em 2019 pelo IBGE em 69.116 habitantes. 
Negativo para os últimos 16 meses estão os segmentos de TV por assinatura e de telefonia fixa. Durante esse período, a TV Paga perdeu 1.289 assinaturas enquanto que telefone fixo acumula saldo negativo de 3.261 contas desativadas. A cidade que tinha 12.142 linhas ativas em abril de 2019, caiu para 9.575 linhas em abril deste ano. 
Os dados são da Anatel e foram publicados até o mês de abril de 2020. Mensalmente, o órgão divulga a quantidade de acessos no Brasil relativos aos principais serviços de telecomunicações que são fornecidos pelas próprias prestadoras e mostram a situação dos números de acessos de assinantes dos serviços de Banda Larga Fixa, Telefonia Móvel, TV por Assinatura e Telefonia Fixa.