Crônica

Crônica - Se eu fosse vereadora



Crônica - Se eu fosse vereadora

Eliana Jacob Almeida

Logo que me formei, era comum pedir aos alunos um tipo de produção escrita - na época chamada de “composição” – com o seguinte tema: “Se eu fosse prefeito...”. Achava interessante, gostava de ver as sugestões dos alunos, a visão de cada um, suas críticas e comentários.
Neste momento, em que comemoramos o aniversário da cidade, um evento da câmara dos vereadores homenageia algumas pessoas cujo trabalho tenha sido relevante para a população. As homenagens deste ano foram todas muito justas, mas senti falta da representação feminina; nenhuma mulher foi escolhida nesta edição. Então, seguindo o modelo do início da minha carreira, vamos lá! “Se eu fosse vereadora...”
Se eu  fosse vereadora - só a título de sugestão - escolheria alguma destas mulheres:  a   Raquel Silva C Siqueira e a Rosa Seco, por estarem à frente do importantíssimo trabalho com as crianças do orfanato; a Rosani Bouhid Betiol médica fluminense, por ter dedicado toda sua vida profissional à população de nossa cidade e região. Poderia escolher  a Julia Tangi, assim como a Kasuco e a Eiko, pelos mais de 30 anos fazendo os mais deliciosos salgadinhos e bolos de nossas festas. 
Da Silvana eu me lembraria por ter tido o primeiro carrinho de lanche da cidade – abrindo caminho para o filho, para a sobrinha -  trabalhando na “chapa quente” até altas horas da madrugada. Ainda continua - agora não mais no carrinho, em uma lanchonete.
A Renata Goulart  eu homenagearia pela sua clínica Reabilitare – que além de fisioterapia e pilates, tem estrutura completa para curso de natação assinado por ninguém menos que Gustavo Borges. E o que dizer do trabalho com crianças, nas escolas, da dentista Kátia Esteves Gomes? A Fatima Cafaro - como inspiração  nos esportes para pessoas de todas as idades - merecia, não uma medalha, mas um nome de avenida. 
Quem não conhece o trabalho das cabeleireiras Suzana e  Lucia Siqueira, que cortaram os cabelos de nossos filhos, quando eram crianças, e  estão “na lida” até hoje?
Nossa cidade tem mulheres fantásticas, a lista não caberia aqui. Talvez algumas até já tenham sido homenageadas e eu não estou sabendo. Será que a Glenda Scandiuzi, à frente do Jornal Cidadão e da Rádio Difusora, já foi lembrada como a grande empresária na área da comunicação?
Em educação, dentre tantas, escolheria a Fabiana Carvalho e a Elaine Machado Alduino pelo brilhante trabalho que realizam, sem esquecer da Ivete Magri, incansável na tarefa de alfabetizar os pequenos.
Eu me lembraria também da Eucléia Rosa, que nos representa tão bem quando o assunto é Buffet. Ao lado da irmã Elaine Ikeda, proprietária da floricultura Casa e Jardim, preparam festas belíssimas com extremo bom gosto. E o que dizer da Lúcia Beppu, proprietária do restaurante Paladar? Com sua equipe fiel, há 23 anos, oferecem refeição os 7 dias da semana, poupando outras mulheres da  exaustiva tarefa de cozinhar. 
Com certeza, outras tantas mulheres merecem homenagens e poderiam estar aqui - ou lá, na câmara! O que não faltam em Fernandópolis são mulheres determinadas cujas contribuições são decisivas para o desenvolvimento da cidade e bem-estar da população. Ficam aqui minhas despretensiosas sugestões.