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“Cuidados com as alergias não param com a Covid-19”, alerta campanha



“Cuidados com as alergias não param  com a Covid-19”, alerta campanha

8 de julho é Dia Mundial da Alergia. A data foi instituída para alertar as pessoas sobre a importância do tratamento de alergias. De acordo com a OMS – Organização Mundial de Saúde -, 30% da população possui algum tipo de alergia. Significa dizer que em Fernandópolis, cerca de 20 mil pessoas têm algum problema de alergia. 
Qualquer coisa, desde pólen até mofo, de animais a alimentos, pode desencadear uma reação em alguém que é alérgico. E enquanto algumas pessoas podem superar suas alergias existentes, novas alergias podem aparecer a qualquer momento.
Em tempo de pandemia do coronavírus, a ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia -, que é presidida pelo médico alergologista, Flávio Sano, da família Sano de Fernandópolis, adotou o tema “Os Cuidados com as alergias não param com a Covid-19” para a Semana Mundial da Alergia, aberta no dia 28 de junho e que se estende até este sábado, 4. 
Embora as alergias não sejam um fator de risco para contrair a doença, algumas delas podem se tornar um fator complicador para uma pessoa que contraia a Covid-19. É o caso da asma. O Departamento Científico de Asma da ASBAI explica que é muito importante manter o controle da doença.  Isso porque se a asma não estiver sob controle, pode acarretar complicações ao paciente caso ele contraia a Covid-19. O mesmo vale para a rinite.
O alergologista Flávio Sano, diz que os sintomas entre as síndromes gripais e de crises alérgicas crônicas são mais facilmente identificados em virtude do histórico de saúde do paciente. 
“Tanto a rinite, como a asma, são doenças crônicas e que, por essa razão, todas as vezes em que a pessoa tem essa doença e se expõe à poeira ou a mudança de tempo o nariz começa escorrer, fica entupido, coça o olho, isso são sintomas de uma rinite ou crise de rinite”, destacou Sano.
“Se a esses sintomas são associados a febre ou queda do estado geral, aí estamos falando de uma infecção que pode ser leve, tipo um resfriado, uma febre baixa ou até uma infecção mais grave que seria o caso da influenza e também de coronavírus”, destacou. 
“A asma também é uma doença crônica e que se agrava nesse período do inverno devido as mudanças do tempo, a poluição e a exposição a poeira. Mas, a asma não dá febre. Se o paciente asmático está tendo simplesmente o chiado, tosse e falta de ar, ele está tendo uma crise de asma. Se ele tiver acompanhando essa falta de ar, febre e queda do estado geral aí estamos falando de uma infecção que pode ser tanto uma gripe como uma infecção por Covid-19”, alertou.  
Flavio Sano enfatiza a importância de não se abandonar o tratamento prescrito pelo especialista. “Estamos com um trabalho permanente para informar pacientes e famílias sobre as alergias e Covid. Neste momento, a informação é uma das peças-chaves para combater o novo coronavírus”, afirma.
Segundo a ASBAI, de uma maneira geral, pacientes com diagnóstico de alguma imunodeficiência primária (IDP) apresentam o mesmo risco que todas as pessoas para se infectar pelo coronavírus, mas apresentam riscos diferentes para ter a doença respiratória grave por esse vírus.
 “Fazer higiene ambiental e evitar a exposição aos ambientes fechados, com poeira, umidade, mofo, fungos e evitar aglomerações”, são recomendações para amenizar problemas alérgicos desta época do ano.
E vale lembrar as regras para evitar a Covid-19: distanciamento social, uso de máscaras, higiene das mãos e álcool em gel.