Saúde

Da rotina regrada, a flores e mimos de apoio aos profissionais da saúde



Da rotina regrada, a flores e mimos de apoio aos profissionais da saúde
Equipe da Unidade de atendimento da Covid-19 recebeu flores em forma de apoio e coragem

Desde que foi montada a operação de guerra para enfrentamento da Covid-19 em Fernandópolis, o médico e coordenador Márcio Gaggini vem enfrentando uma rotina regrada. “Saio da minha casa, vou para os meus locais de trabalho, Cadip, consultório ou Santa Casa. Quando retorno pra casa, entro pela lateral, faço a minha descontaminação, minha higienização e só depois é que adentro minha casa. Ultimamente, o contato que tenho é com minha filha, minha esposa. Contato com outras pessoas da família só por telefone mesmo. Então o contato hoje é restrito apenas com essas duas pessoas da minha família, pessoal do trabalho e pacientes”, relata.
Em meio a pandemia devastadora, o médico enxerga o lado positivo que foi o maior respeito para com os profissionais da área da saúde. “Infelizmente muitas vezes o nosso trabalho não era valorizado e nesses momentos passou a ter um valor maior, não só em nosso município, mas no país e no mundo”. 
Ele cita que desde que a unidade da Covid-19 foi aberta na Santa Casa, a equipe tem recebido mensagens de carinho, apoio e orações, flores, mimos, alimentos e lanches da população e empresas da cidade. 
“Está sendo difícil para os profissionais da área de saúde o enfrentamento que estamos realizando. Infelizmente tivemos alguns profissionais que se contaminaram pela doença, felizmente nenhum caso de óbito, mas só tenho a agradecer por terem participado e ajudado neste momento que é diferente, que não estávamos esperando. É uma realidade nova e dura. Está sendo difícil para mim porque todo dia a gente acorda sabendo o risco que corremos no nosso trabalho, mas quando escolhi ser médico infectologista sabia o risco que poderia estar correndo. Temos que ter calma, paciência, esse momento vai passar, temos que ter força para reerguer não apenas o município, mas o estado e o país”, lembrou.
Sobre o ponto negativo, aponta que apesar dos avanços, nenhum país do mundo estava preparado para essa pandemia devastadora. “Entristece ver pessoas que precisam de atendimento com dignidade e não se ter condição de dar esse atendimento. Felizmente não estamos passando por isso aqui em Fernandópolis. Estamos nos preparando para continuar enfrentando esse inimigo invisível. O cuidado tem que ser intensivo”.