Polícia

Depois da morte de cabo Claudio, comando da PM anuncia chegada de fuzis



Depois da morte de cabo Claudio, comando da PM anuncia chegada de fuzis

A guerra contra o crime organizado ficará um pouco menos desleal em Fernandópolis e região. Isso porque, após a morte do cabo da Polícia Militar, Claudio Florindo, no último dia 15, a coronel Helena dos Santos Reis, comandante regional da PM, anunciou a chegada de fuzis e submetralhadoras para bases da corporação no interior da noroeste paulista.
O objetivo, segundo a coronel é melhorar o tempo-resposta da polícia em situações como a que vitimou o policial fernandopolense. Mas, na verdade, nada mais é do que equiparação de forças com os bandidos. 
 No assalto ao caixa eletrônico do Shopping, a força militar de Fernandópolis foi recebida a tiros de fuzil de longo alcance, e só pôde responder com disparos de pistola, pois era o único armamento disponível para eles no momento.
Para se ter uma ideia, com o único bandido capturado até o momento, foi apreendido um fuzil Steyr AUG, de fabricação israelense, que dispara 650 tiros por minuto, tem mira embutida e é capaz de atingir o alvo, de forma letal, a 500 metros de distância. Já os policiais que os combateram, contavam apenas com pistolas ponto 40, que, no máximo, atingem um alcance de 200 metros, sem precisão. 
Tamanha discrepância no poderio bélico resultou em dois militares feridos e um morto, o que provocou a reação do comando da PM, diante da onda de assaltos do tipo em toda região (oito nos últimos seis meses). Essa reação tem dois nomes: fuzil Imbel IA-2 5.56 e submetralhadora Taurus SMT40. 
O IA-2 foi o primeiro fuzil desenvolvido e produzido no Brasil. Ele tem capacidade para disparar 650 tiros por minuto e atingir alvos com precisão a uma distância de até 600 metros.
Já a submetralhadora SMT40 tem um alcance um pouco menor, em torno de 400 metros, porém dispara entre 700 e 800 tiros por minuto.
Além das armas, os policiais também passarão por reforço de treinamento. Na semana passada, dias 22, 23 e 25, em Potirendaba, PMs de Mirassolândia, Ipiguá, Potirendaba, Icém, Guapiaçu, Onda Verde e Bady Bassitt receberam instruções sobre o uso dos novos equipamentos. 
BUROCRACIA 
No entanto, de nada adianta o armamento diante das restrições impostas dentro dos quartéis. Fernandópolis, segundo consta, possui há tempos dois fuzis à disposição dos policiais. O problema é que não há munições disponíveis para a habilitação dos PMs e sem essa habilitação, eles são impedidos de usá-los.