Polícia

Desaparecidos: o que aconteceu com eles?



Desaparecidos: o que aconteceu com eles?

Histórias de desaparecimento de pessoas estão se tornando cada vez mais comum nos noticiários televisivos, nos jornais impressos e online. Alguns casos seguem sem um desdobramento, aumentando ainda mais a angústia das famílias que esperam por respostas. “O que aconteceu com eles?”.

Na foto: Josias Marques da Silva que na época tinha 62 anos de idade

Em Fernandópolis, três casos recentes de desaparecimentos seguem em investigação. O primeiro deles foi registrado no dia 7 de novembro de 2018 e o desaparecido é Josias Marques da Silva que na época tinha 62 anos de idade. As informações são de que ele saiu pela manhã da casa onde morava no bairro da Estação apenas com a roupa do corpo, documentos e o dinheiro de sua aposentadoria. Sem dizer para onde iria, foi e nunca mais retornou.

Na foto, Durvalino Perasol, agora estaria com 81 anos de idade

O segundo caso é o de Durvalino Perasol, agora com 81 anos de idade. Ele está desaparecido desde o dia 25 de janeiro de 2019. Segundo a família, ele saiu da casa onde morava no bairro Santa Filomena para consertar um relógio e desapareceu sem deixar pistas. Na época, a família pediu ajuda no Programa Rotativa, da Rádio Difusora, para tentar localizar Durvalino.

Na foto, Waldemar Pinhel, na época do sumiço estava com 78 anos

O terceiro caso trata-se Waldemar Pinhel, na época do sumiço estava com 78 anos. Ele desapareceu no dia 23 de março de 2019. À DIG, a filha do desaparecido, Elizabete Pinhel informou no dia 24 de março que no dia anterior ao boletim foi visitar o pai, mas que chegou à casa dele por volta das 15h30, deparou-se com a porta da frente apenas encostada e não o localizou como de costume. A suspeita é de que ele possa ter sumido antes da data em que a ocorrência foi registrada já que Elizabete não o visitava desde o mês de dezembro.

Sem saber o que poderia ter acontecido com Waldemar, a filha Elizabete perguntou para o vizinho sobre o paradeiro do pai, já que possui uma casa no mesmo terreno dele, tendo um homem identificado no boletim de ocorrência pelo nome de João, informando que havia três meses que o pai dela não retornava para casa. Diante deste fato, Elizabete procurou por Waldemar na casa amigos e parentes, mas não o localizou até o presente momento. Motivo pelo qual resolveu registrar a ocorrência.

Ainda à DIG, Elizabete declarou que Waldemar não tinha aparelho celular, o que dificultava ser localizado e que no ano de 2018, ele havia saído de casa, sendo encontrado após alguns dias na cidade de Mira Estrela. Ela disse ainda que Waldemar apresentava sintomas da doença Alzheimer, e que por isso, tinha lapsos de memória.

O que dizem as famílias

A filha de Josias Marques da Silva, a Josiane Flauzino, informou ao Jornal CIDADÃO que até o momento não recebeu nenhuma notícia do paradeiro ou do que realmente aconteceu com o pai dela. Com mais de dois anos de sumiço, para Josiane a esperança de que o pai ainda esteja vivo é cada vez menor. Mas ela admite que gostaria de ver o caso solucionado para poder acabar com a angústia que a família ainda sente por não saber o que aconteceu de fato.

Versão bem parecida com a do filho de Durvalino Perasol, o Almir Perasol, que também não tinha recebido nenhuma notícia relacionada ao desaparecimento do pai. O paradeiro ou o que de fato aconteceu com Durvalino ainda é um mistério. Para o professor Almir, como é conhecido, a angústia só cresce com o passar do tempo, sobretudo, por causa da ausência de informações relevantes sobre o caso. E, embora não acredite que ainda esteja vivo, Almir gostaria apenas de descobrir o que fato aconteceu e deixar para trás, a expectativa e as inúmeras possibilidades.

Investigações

De acordo com a DIG – Delegacia de Investigações Gerais – de Fernandópolis, os três casos de desaparecimentos relatados na matéria seguem em investigação e que estão sendo efetuados todos os procedimentos cabíveis de Polícia Judiciária, mas que até o momento, não foi possível lograr êxito na localização dos desaparecidos.

Para os investigadores, um fator intrigante e importante dessa investigação está relacionado ao perfil das vítimas e o tempo entre o registro de desaparecimento de cada caso em separado.