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"Deus vai me curar", diz fernandopolense à espera por medula óssea 



"Deus vai me curar", diz fernandopolense à espera por medula óssea 

Domingo, 8 de março, é o Dia Internacional da Mulher. Também pode ser o Dia de Luta de uma mãe fernandopolense que tem fé inabalável de encontrar uma medula óssea para transplante e a cura. A campanha por Lilian Alves de Lima ganhou as redes sociais nesta semana através da iniciativa de Claudio Azevedo, do Projeto Seja um Herói, que há sete anos vem trabalhando pela conscientização para que cada vez mais pessoas se candidatem a doadores de medula para salvar vidas.
A história de Lilian é igual a de tantas mulheres guerreiras. Enfermeira formada na FEF, 33 anos, casada com Sérgio Lima e mãe da Alice, de apenas 2 anos. Ela foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda há três meses. 
“Jamais imaginei que aquele cansaço que vinha sentindo há uns 15 dias pudesse ser leucemia”, contou Lilian ao CIDADÃO. Ela é gerente administrativa de uma Unidade Básica de Saúde em Votuporanga. 
Apesar do baque com a notícia, que mudou sua vida de uma hora para outra, Lilian não esconde o sorriso e a fé na cura. “Deus me escolheu, ele tem um propósito e vai me curar para sua honra e glória para que eu possa ajudar muitas outras pessoas”, exalta.
Desde que descobriu a doença, Lilian já realizou três etapas de quimioterapia no Hospital de Base em Rio Preto. As transfusões de sangue que precisa ser submetida ela faz em Fernandópolis no Hemocentro. Por isso, Lilian também precisa de doadores de sangue. 
“Eu creio que esse momento será superado em nome de Jesus”, repete com a força da fé que sustenta a esperança de encontrar uma medula 100% compatível. “A minha irmã é 50% compatível, mas o ideal é que o doador seja 100%. Se não encontrar esse doador, vamos fazer o transplante com a minha irmã”, afirmou, mas sem titubear que “o doador 100% será enviado por Deus no tempo certo”, enfatiza. 
O caso é de transplante para buscar a cura. Enquanto aguarda o doador, Lilian vai continuar se submetendo a quimioterapia e transfusões de sangue.
A campanha por medula óssea para Lilian está nas redes sociais inserida pelo Projeto Seja um Herói. “Quanto mais gente aderir, maior será a chance de conseguir um doador”, diz Claudio. 

BUSCA POR DOADORES

BUSCA POR DOADORES

O Projeto Seja um Herói foi criado por Claudio Azevedo em busca de medula para o filho João Pedro Azevedo. Mesmo após a sua morte, Claudio manteve o projeto para ajudar outras pessoas. “Foi um pedido do João”, lembra. 
Nestes sete anos, o Projeto Seja um Herói já cadastrou cerca de 30 mil potenciais doadores de medula óssea na região, segundo estimativa de Claudio Azevedo. 
No Brasil a chance de se encontrar um doador compatível é de 1 a cada 100 mil cadastrados. No mundo chega a 1 a cada 1 milhão.
Mas, foi esse trabalho do Projeto Seja um Herói que conseguiu quebrar essa média nacional e mundial. Da região já saíram cinco doadores de medula óssea. O último doador foi Marcelo Melo, de Fernandópolis, que foi considerado compatível e, no dia 18 de fevereiro, dias antes do carnaval, ele esteve em Jaú para a doação. 
“O nosso propósito é conscientizar as pessoas sobre a importância de se cadastrar como doador de medula óssea. É a corrente do bem, pela vida. Qualquer pessoa pode se transformar em um herói, salvando uma vida”, diz Azevedo.
O cadastramento de possíveis doadores de medula óssea pode ser feito no Hemocentro de Fernandópolis. As condições são, ter entre 18 e 54 anos completo, estar em bom estado de saúde. Fica impedido para doação pessoas com histórico de doenças oncológicas, Hepatite B e C e HIV. Documentos necessários RG, CPF e Cartão SUS.