Saúde

Dia Mundial Sem Tabaco: Hospital de Amor alerta para os riscos na saúde de quem não fuma



Dia Mundial Sem Tabaco: Hospital de Amor alerta para os riscos na saúde de quem não fuma
Dr. Filipe Minzon, médico cirurgião especialista em cabeça e pescoço do Hospital de Amor Jales

Para lembrar o ‘Dia Mundial sem Tabaco’, celebrado hoje, 31, o Hospital de Amor revela os prejuízos causados à saúde pelo tabagismo passivo. Assim como os fumantes, os indivíduos que convivem regularmente com quem fuma possuem mais riscos de desenvolver diversos tipos de cânceres, principalmente o de pulmão, além de doenças respiratórias – contribuindo, inclusive, para o agravamento da Covid-19.

Segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde - o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. São 7 milhões dessas mortes causadas pelo uso direto e, cerca de 1,2 milhão, resultado de expostos ao fumo passivo, ou seja, com a inalação de fumaça de derivados do tabaco e/ou as substâncias tóxicas liberadas pelo cigarro. Ainda de acordo com a entidade, o tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo, atrás apenas do tabagismo ativo e do consumo excessivo de álcool.

De acordo com dados da Centers For Disease Controls And Prevention (CDCP), o fumo passivo pode aumentar em 30% as chances de desenvolvimento de câncer de pulmão em adultos que nunca fumaram e, assim como acontece com o fumo ativo, quanto mais longa a duração e maior o nível de exposição à fumaça, maior o risco de desenvolvê-lo. Além de doenças respiratórias, o fumante passivo também se expõe ao risco de ter problemas cardiovasculares, câncer de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero, enfisema pulmonar e bronquite crônica.

Segundo o médico cirurgião especialista em cabeça e pescoço do Hospital de Amor Jales, Dr. Filipe Minzon, o tabagismo passivo é fator de risco para todos os tipos de cânceres. Segundo o médico, durante a primeira exposição ao tabaco, o fumante passivo pode apresentar alguns sintomas como irritação na região dos olhos, tosse e sintomas de alergia respiratória. Já a médio e longo prazo, corre-se o risco de desenvolver as mesmas complicações que o fumante de fato, principalmente quando são submetidos a fumaça em locais fechados.

Outra orientação é ficar atento às outras formas de consumo de tabaco, como charutos, cigarros eletrônicos, cachimbos e narguilés, que segundo o médico, são até mais nocivas do que o próprio cigarro, pois não possuem filtro. “Fumar narguilé por uma hora, por exemplo, equivale a cerca de 100 cigarros”, afirmou o médico.

Para o Dr. Filipe, a melhor forma de prevenir o fumo passivo é adotar algumas políticas para ficar longe da fumaça, como por exemplo, pedir para que moradores e visitas fumem apenas do lado de fora, longe de janelas ou portas abertas; remover os cinzeiros de casa; não frequentar lugares onde tenham fumantes e, o mais importante, que encoraje seus familiares próximos para que abandonem o hábito de fumar.