No mundo competitivo que vivemos atualmente, raramente acontece uma segunda chance depois de uma entrevista mal sucedida. Portanto, é preciso agarrar com as duas mãos a oportunidade quando ela aparece. Expor as aptidões demonstrando dominar o assunto é essencial. Esta análise nada traz de novidade, pois é de conhecimento geral. Porém o que é tão comum às pessoas em teoria, na hora de pôr em prática se torna difícil.
Quando o cérebro trava...
De repente o foco do conhecimento apaga. A impressão que se tem, é que nunca existiu. Semelhante a um computador que, ao travar congela as imagens, com a mente acontece o mesmo nos momentos de tensão e, se o candidato for de temperamento tímido, aí a coisa piora. Aquele friozinho na barriga, as mãos geladas e suadas, o olhar parado acusando a ausência do espírito; o momento que seria de comunicar a habilidade adquirida através de um longo preparo se torna angustiante frente ao interlocutor que, a esta altura, se transforma num monumento de pedra. Desse jeito, o aspirante apesar de capacitado para o posto, se definha durante a entrevista.
O desbloqueio
Quando estamos a sós com nossos pensamentos, sentimos jorrar as idéias feito um poço de petróleo recém descoberto. Neste momento a concentração é total, e conseguimos aferir nossa capacidade minuciosamente a ponto de termos consciência se estamos aptos ou não para o cargo que pretendemos. Sentindo-se capaz profissionalmente, fica claro que os condicionamentos adoeceram o emocional e este, precisa ser tratado. O primeiro passo é refletir sobre o que causa a dispersão nessas horas e depois dissecar cada faceta equivocada da personalidade. O medo, os complexos e todo o negativismo, atuam como um inimigo que mata nossa criatividade.
· O medo: é a somatória das fobias infiltradas no subconsciente e que emergem nos períodos que antecedem uma entrevista, perdurando até seu final. Medo de aparecer e ficar em evidência, de falar em público, de errar, de fracassar, de dar vexame e ser ridicularizado.
· Os complexos :vão desde os mais infundados até os palpáveis. Sentir-se menos perante os demais, cobrir-se de vergonha, crer que será rejeitado e trocado por outro pretendente, achar que a aparência lhe prejudica, se anular diante à condição financeira e cultural desfavorável.
· O negativismo: ele cria imagens mentais falsas, tais como: eu não nasci para essas coisas, não tenho sorte, acho que não vou conseguir, sou discriminado e outros pretextos banais.
Como vimos, os sintomas acima descritos diagnosticam a chaga que tanto nos atrapalha, e que somente uma intervenção psicológica será capaz de eliminar. É preciso meter o bisturi e fazer a incisão na raiz do mal para se conseguir o sucesso.
De bem com o sucesso
Quebrando as amarras que travam nossa personalidade, conseguimos o desempenho desejado. A naturalidade deverá ser o leme da nossa postura, nada de inventar moda ou artifícios, use o vocabulário de costume e que domina com facilidade, não queira demonstrar altos conhecimentos se não está familiarizado com o assunto, pois um deslize poderá te deixar em situação embaraçosa, pondo tudo a perder; da mesma forma não use gírias, nem manifeste opinião radical sobre temas polêmicos, mantenha-se no objetivo principal da conversa.
· Apresentação: cuidar da aparência é fundamental, tanto no visual, como na maneira de se trajar adequadamente, no caso das mulheres, a sensibilidade determinará o modo de se apresentar.
· Pontualidade: chegue sempre adiantado, para poder se reiterar sobre o assunto e entrar no clima da entrevista, chegando em cima da hora ou atrasado a tensão reduzirá sua capacidade de concentração. Sem dizer da impressão negativa que fica ao se atrasar logo no primeiro contato.
· Venda seu peixe: transmita o desejo de desenvolver um trabalho, cujo resultado beneficiará a empresa, pois é justamente esse o motivo de você estar ali sendo testado. Demonstre sua expectativa de evoluir dentro da companhia. Deixe as dúvidas sobre salário e direitos, para o momento oportuno, para daí, esclarecer todas as questões.
Conclusão
Conforme falamos no início, a concorrência no mercado de trabalho é cada vez maior, obrigando os candidatos a se prepararem exaustivamente para atingir uma performance além da mediana, e que será o diferencial para a seleção. Por outro lado, as empresas enfrentam uma acirrada disputa entre elas pelo mercado, o que também, lhes exige eficiência, e nesse ambiente dinâmico, não há vagas para o amadorismo...
Ficou evidente também que o estado emocional interfere quando se é testado e que a derrota começa dentro da pessoa que se deixa levar pelo nervosismo. Contudo, é bom esclarecer que quando somos avaliados a tensão é normal, afinal, estamos sendo checados e nessas horas a presença de espírito é imprescindível, o estresse causado em tais condições é benéfico, pois leva ao crescimento. Sem vencer desafios, ninguém se aperfeiçoa.
Seja um vencedor!