Política

Dinheiro do fundo eleitoral ainda não chegou para os candidatos de Fernandópolis



Dinheiro do fundo eleitoral ainda não  chegou para os candidatos de Fernandópolis

Os candidatos de Fernandópolis ainda não viram a cor do dinheiro do fundo eleitoral, cujo nome oficial FEFC - Fundo Especial de Financiamento de Campanha. O que mais se ouve entre eles é: “Pode tirar o cavalinho da chuva”.

Dos três candidatos a prefeito em Fernandópolis, apenas Renato Colombano (Republicanos) abriu sua prestação de contas na página do TSE – Tribunal Superior Eleitoral – de divulgação das candidaturas e contas eleitorais. Já contabiliza receita, oriunda de recurso próprio (R$ 80 mil) e mais uma doação de pessoa física (1.500,00). “Não conto com um real do fundo eleitoral. Não tenho esperança em receber alguma coisa. Eu estou bancando a campanha”, disse o candidato na manhã desta sexta-feira, 16.

Os outros dois candidatos, André Pessuto (DEM) e Henri Dias (PTB) ainda nem abriram a prestação de contas, pelo menos até o final da tarde desta sexta-feira, 16. Henri Dias diz que tem previsão de receber algum valor do fundo eleitoral na próxima semana. Indagado se é uma esperança ou certeza, ele cravou; “É certeza”. Explicou que a demora na abertura do comitê principal na antiga sede da Caixa Federal decorreu de problemas burocráticos. “O prédio estava sem luz e água e foi preciso fazer o pedido para religação e isso atrasou. Mas, já estamos com o comitê no Ubirajara (zona norte) aberto, ao lado da Academia”, acrescentou.

Na coligação que apoia o atual prefeito e candidato a reeleição, André Pessuto, a expectativa de destinação de recursos do fundo eleitoral é tratada com pessimismo. “Temos mantido contato com nossos deputados, mas está difícil”, disse o presidente do MDB, Cássio Araújo. Dinheiro para campanha de vereador, pode esquecer, reafirmou Araújo. O DEM, partido do prefeito, tem direcionado recursos do fundo para candidatos na majoritária (prefeito ou vice) nas grandes cidades. A constatação é simples: não há dinheiro para todos. Assim, os candidatos terão que contar com doações de pessoas físicas ou enfiar a mão no bolso e investir recursos próprios. Com recurso escasso, os candidatos estão mesmo investindo no corpo a corpo e rede sociais. “É gastar sola de sapato, campanha pé no chão”, afirmam.

O fundo eleitoral para financiar a campanha eleitoral deste ano é de pouco mais de R$ 2 bilhões. E isso vale para todo o Brasil, incluindo as capitais. De acordo com o site do TSE, em todo o Brasil são 19.174 candidatos a prefeito. Se o montante do fundo fosse dividido em partes iguais para todos os candidatos, cada um receberia o montante de R$ 106.130,96. Logo, os partidos vão investir nos grandes centros e sempre pensando que haverá campanha de segundo turno.

Já em relação aos candidatos a vereadores, o problema é maior. Os dirigentes partidários estavam sendo cobrados sobre quando o dinheiro do fundo seria depositado na conta. Muitos candidatos acreditavam que iriam receber o montante de R$ 31 mil, teto definido pela Justiça Eleitoral para a campanha, mas não verão a cor desse dinheiro. O valor total do fundo dividido pelos 515.925 candidatos, daria a cada um R$ 3.924,90.

REGISTROS DEFERIDOS

Os três candidatos a prefeito de Fernandópolis tiveram esta semana a publicação dos atos de deferimento de registro das candidaturas. Isso significa que não há nenhum entrave para André Pessuto, Henri Dias e Renato Colombano.

As sentenças são datadas de 14 de outubro, terça-feira, mas até esta sexta-feira,16, a página dos candidatos ainda não tinha sido atualizada com a decisão assinada pelo juiz eleitoral, Vinicius Castrequini Bufulin. Nos despachos, o juiz anotou que “foram preenchidas todas as condições legais para o registro pleiteado e não houve impugnação. Isto posto defiro o registro para concorrer a eleição”.